QUARTA, 03/03/2021, 16:23

Motoristas de aplicativo e caminhoneiros voltam a fechar a PR-445, na região de Londrina, em 2º dia de protestos contra aumento no preço do combustível

Na hora do almoço, um dos sentidos da pista chegou a ser interditado totalmente pelos manifestantes. Caminhoneiros que tentaram furar bloqueio foram obrigados a parar.

A região de Londrina registrou um novo protesto contra o aumento no preço do combustível nesta quarta-feira (3). Foi o segundo dia consecutivo de manifestações realizadas por motoristas de aplicativo e caminhoneiros na PR-445, em frente ao posto Cupinzão, em Cambé. A movimentação teve início logo pela manhã, e ganhou corpo depois que os manifestantes começaram a impedir a passagem dos caminhões. Por volta das onze horas, os dois sentidos da rodovia contavam com uma interdição parcial. Os caminhões ficaram enfileirados nas pistas da direita enquanto que nas da esquerda foi permitida a circulação dos veículos de passeio e também de carretas com produtos perecíveis ou de extrema necessidade. As filas de veículos chegaram a atingir os dois quilômetros em ambos os sentidos. Caminhoneiros que tentaram furar o bloqueio foram obrigados a parar pelos manifestantes. Em alguns casos, houve princípio de bate-boca, que precisou ser contido pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE). Por volta da uma da tarde, o grupo fez o bloqueio total da rodovia no sentido Cambé - Londrina. Os motoristas de carros tiveram que acessar a marginal para desviar do ponto interditado. O bloqueio, no entanto, se dissolveu cerca de duas horas depois, quando o protesto perdeu força.

O motorista de aplicativo Vinícius de Souza César, um dos organizadores da manifestação, garantiu que o grupo tem a intenção de realizar ainda mais protestos nos próximos dias, com o objetivo de chamar a atenção da população para a disparada nos preços do combustível. Nesta semana, a Petrobras praticou o quinto reajuste no valor da gasolina e o quarto no do diesel que, desde o início do ano, estão 40% e 31% mais caros nas bombas dos postos.

O caminhoneiro Renan Frigo participou da manifestação nesta quarta-feira. Ele disse que a categoria não aguenta mais tanto aumento.

O Sindicato dos Caminhoneiros de Londrina e Região já informou que não está por trás das manifestações, e que, apesar da grande adesão por parte dos motoristas, não há, pelo menos por enquanto, o risco de uma greve geral da categoria.

Por Guilherme Batista

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