A aprovação da Nova Planta de Valores do IPTU na Câmara de Vereadores está longe de colocar um ponto final na polêmica discussão. O Movimento Abaixo o IPTU promete continuar com a batalha no Judiciário, com a apresentação de questionamentos envolvendo os valores dos imóveis levantados pela prefeitura para a formulação do projeto. Segundo o Executivo, o trabalho foi feito em parceria com diversas entidades, levando em conta os preços aplicados pelo mercado, cotações atuais e a média dos valores dos imóveis de cada área pesquisada. Mas, de acordo com o coordenador do movimento, André Trindade, muitos destes valores não condizem com a realidade. Ele cita como exemplo um terreno localizado na Gleba Palhano, que, pelos cálculos do Executivo, vale cerca de 15 milhões de reais, mas que, pela cotação do mercado, não chega a valer sete milhões. Trindade destaca que muitos contribuintes planejam encomendar uma avaliação própria para confrontar os números da prefeitura na Justiça e, assim, barrar os reajustes propostos, que, em alguns casos, podem deixar o IPTU até 10 vezes mais caro.

Outro ponto a ser questionado é o fato de o município não ter revelado os índices de reajuste do imposto. André Trindade lembrar que o projeto foi aprovado pelos vereadores sem que os contribuintes soubessem quanto vão pagar de IPTU a partir do próximo ano.

Com a nova Planta de Valores do IPTU, a prefeitura quer incrementar a arrecadação com o imposto em 90 milhões de reais já em 2018, mas a inadimplência dos contribuintes pode atrapalhar.

REPÓRTER GUILHERME BATISTA