No primeiro dia útil de 2019, o sentimento entre os usuários do transporte coletivo em Londrina foi de muita revolta e indignação. O motivo? O aumento de 30 centavos no preço da tarifa, que, apesar de ter sido anunciada na última sexta-feira, pegou muita gente de surpresa nesta quarta. Entre os desavisados, Hilo Ravel, que trabalha como atendente na Sercomtel.

Agora, o passageiro está precisando desembolsar 4 reais e 25 centavos pra andar de ônibus na cidade. Dona Maria Cândida, que trabalha como doméstica, destaca que, pra ela, não tem como justificar este valor, ainda mais quando se é levada em conta a qualidade do serviço prestado.

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização tentou justificar a decisão mudando o foco, alegando que se fosse depender das empresas, o reajuste seria ainda maior, com o valor da passagem indo pra R$ 4,60. A CMTU destaca, ainda, que se o governador Ratinho Júnior, empossado nesta terça, retomar o subsídio do ICMS sobre o óleo diesel usado pelo sistema de transporte coletivo o preço atual da passagem poderá cair até dez centavos.

Mas, mesmo se isso acontecer, o valor ainda vai continuar alto, segundo os usuários.

A companhia também corre contra o tempo pra lançar o processo de licitação que pode mudar as empresas que, atualmente, operam o serviço na cidade. O contrato com a Grande Londrina e a Londrisul vence no próximo dia 19, e o município teria até esse dia pra apresentar uma alternativa e, assim, não deixar os usuários sem ônibus na cidade. O problema é que a licitação está travada por conta de uma liminar obtida pela TCGL no Tribunal de Contas do Estado. A CMTU já estuda a possibilidade de prorrogar o atual acordo, pelo menos por um tempo curto, ou apresentar um contrato emergencial.