TERCA, 18/04/2023, 15:53

Núcleo Regional de Educação exonera dois professores acusados de assediar adolescentes em Arapongas e Apucarana

Num dos casos, docente foi denunciado por pelo menos dez alunas em dois colégios diferentes. Eles também respondem criminalmente pelo assédio.

O Núcleo Regional de Educação de Apucarana, no norte do Paraná, confirmou nesta terça-feira (18) que exonerou dois professores da rede estadual que, no ano passado, foram denunciados por assédios cometidos contra alunas adolescentes em colégios de Apucarana e Arapongas. Um deles dava aulas de Educação Física e o outro de História.

O primeiro, que atuava em Apucarana, foi denunciado por pelo menos dez alunas de um colégio estadual em agosto do ano passado, quando a investigação teve início. Na época, os pais chegaram, inclusive, a apresentar um abaixo-assinado pedindo pela investigação do caso e o afastamento imediato do profissional, o que aconteceu. Só que em setembro ele voltou a dar aulas em uma outra escola, e, mais uma vez, foi denunciado por assédio por uma aluna. O servidor foi alvo de uma sindicância da Secretaria Estadual de Educação, que, ao longo dos últimos meses, ouviu as alunas e os respectivos responsáveis, funcionários dos colégios e o próprio acusado. O outro professor também foi investigado de forma administrativa e, após a sindicância, o Núcleo Regional de Educação decidiu pela exoneração dos dois servidores.

Os docentes também foram denunciados na Delegacia da Mulher, que investiga os casos na esfera criminal. Os processos correm sob segredo de Justiça e, até o momento, nenhum detalhe da investigação foi divulgado pela polícia.

No ano passado, o Núcleo Regional de Educação de Apucarana precisou abrir sindicâncias contra seis professores da rede estadual por conta de denúncias de assédios que teriam sido cometidos contra alunas. Até o momento, foi confirmada a exoneração dos dois docentes e um dos casos acabou arquivado por falta de provas. Os demais processos ainda continuam abertos, em fase de execução. Em 2023, de acordo com o órgão, nenhuma denúncia do tipo foi recebida.

Por Guilherme Batista

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