SEGUNDA, 19/08/2019, 19:13

Nuvem que deixou céu da cidade escuro e alaranjado é resultado das queimadas e de micro-partículas em suspensão

Fenômeno não é comum e o pior, segundo o Simepar, é que chuva, para valer mesmo, só em setembro.

O dia começou escuro e ficou assim até mais da metade da manhã.  O céu também mudou de cor, com um cinza alaranjado que chamou a atenção de muita gente. Para quem achou bonito, a notícia não é boa. A meteorologista Ângela Costa, do Simepar, afirma que essa espécie de névoa, na verdade é uma mistura de partículas microscópicas de fumaça, poeira e fuligem em suspensão. Resultado das queimadas em toda a região e da estiagem prolongada, que já dura 45 dias, e atinge boa parte do interior do país.  

A meteorologista explica que o fenômeno foi potencializado por um grande incêndio na região noroeste do estado, na divisa com o Mato Grosso do Sul.

Mas, por enquanto, nada de melhora nesse cenário. Ângela Costa diz que, pelo menos, nos próximos 15 dias não há sinal de chuva a caminho e que o fenômeno, pouco comum, indica que a qualidade do ar está muito distante do ideal. E a situação está ainda pior, por conta de um bloqueio atmosférico que impede a chegada à região de uma frente fria com força suficiente para trazer chuvas em volume considerável.

No fim da manhã o céu da cidade ficou bem mais limpo e o sol até apareceu por alguns momentos. A nuvem de poeira e fumaça seguiu caminho, chegou ao estado de São Paulo e no meio da tarde, por exemplo, já era bastante comentada nas redes sociais da CBN Campinas.

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