O dia Estadual de Combate ao Feminicídio teve grande mobilização no centro de Londrina
22 de julho foi a data escolhida em homenagem a advogada Tatiane Spitzner, assassinada pelo marido em 2018, na cidade de Guarapuava.
A mobilização foi realizada em frente ao cine teatro Ouro Verde, no calçadão de Londrina. Além de panfletos, cartilhas e orientação sobre a rede de proteção às mulheres, o ato também chamou a atenção com microfones e caixas de som....
A mobilização foi organizada pela Secretaria Municipal da Mulher, em parceria com o Observatório de Feminicídios Néias e contou com a participação de outras instituições, entre elas a Patrulha Maria da Penha, da Guarda Municipal.
A presidente do Conselho dos Direitos da Mulher em Londrina, Sueli Galhardi, fala sobre a importância das mobilizações de combate à violência doméstica e morte das mulheres.
Levantamento feito pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, em 2021 foram 42.539 novos casos de violência doméstica contra a mulher no Paraná. E, até junho de 2022, foram registrados 95 casos de feminicídio no estado. Em Londrina, entre junho do ano passado e junho de 2022 foram 11 julgamentos de casos relacionados ao feminicídio, e apenas três das vítimas tinham medida protetiva.
A assessora de política pública para as mulheres de Londrina, Maryanne Lopes Martins, ressalta a importância de buscar ajuda aos primeiros indícios de violência, como forma de evitar uma tragédia ainda maior.
Em Londrina, o Centro de Referência de Atendimento a Mulher oferece apoio as vítimas de violência, mesmo para aquelas que não querem fazer as denúncias para a justiça, conforme explica Maryanne Martins.
O CAM funciona na avenida Santos Dumont, número 408, e funciona de segunda a sexta, das 8:30h até 17:30h. Quando há risco de morte, as mulheres e filhos menores de 18 anos são encaminhados à casa abrigo Canto de Dália, lugar sigiloso e temporário.
Para denunciar algum caso de violência contra a mulher, basta ligar no 153, telefone da Patrulha Maria da Pena ou mesmo o 190 para acionar a polícia militar.