SEGUNDA, 02/10/2023, 07:05

Ônibus da TCGL começam a receber cartazes do Violentômetro

A Iniciativa do Grupo Mulheres do Brasil Núcleo Londrina tem o objetivo de promover a conscientização sobre a violência contra a mulher e combater todo tipo de abuso.

O Grupo Mulheres do Brasil Núcleo Londrina deu início esta semana ao trabalho de afixar, em cerca de 60 ônibus da Transportes Coletivos Grande Londrina, o cartaz do Violentômetro. O Violentômetro é uma espécie de régua que "mede" o grau de violência contra a mulher, indo da chantagem ao modo mais grave e triste, o feminicídio.

De acordo com Nilma Raquel, uma das líderes do grupo, o objetivo da distribuição do Violentômetro é estimular, por parte de toda a população, uma reflexão a respeito de seu próprio relacionamento ou de alguém conhecido, sensibilizando principalmente as mulheres para serem capazes de identificar, prevenir ou evitar os comportamentos listados. Muitas vezes por não resultarem em violência física, as vítimas vão tolerando as práticas num abuso crescente que pode culminar no feminicídio.

Segundo dados do Laboratório de Estudos de Feminicídio (Lesfem), do qual a Universidade Estadual de Londrina (UEL) faz parte, o Paraná é o terceiro estado com maior número de casos feminicídios no país – foram 62 mulheres assassinadas somente de janeiro a junho deste ano. A representante do grupo, descreve os números como alarmantes e indica a educação como peça-chave para inibir essa triste estatística.

Os cartazes do Violentômetro começaram a ser distribuídos na cidade em agosto, por iniciativa do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher do Núcleo Londrina, e, numa força-tarefa, as voluntárias já conseguiram afixá-lo em cerca de 100 pontos da cidade e em mais de 10 cidades da região de Londrina, incluindo escolas, bares, igrejas, lojas, universidades, estabelecimentos públicos e unidades de saúde.

A iniciativa de distribuição do Violentômetro faz parte das ações globais do Grupo Mulheres do Brasil, além do apoio da sociedade civil e de instituições públicas.

Por João Gabriel Rodrigues

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