A Polícia Federal (PF) prendeu temporariamente seis pessoas na 48ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Integração. Duas pessoas são de Londrina: empresário e administrador da empresa Rio Tibagi Engenharia Leonardo Guerra e o diretor da Econorte, Helio Ogama.

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em, pelos menos, quatro pontos da cidade visitados pelas equipes da Polícia Federal e Receita Federal. Policiais apreenderam uma relação de clientes, um pendrive, um computador em um escritório de advocacia na galeria Vila Rica. Outra equipe esteve no condomínio Itaipu, no calçadão de Londrina para cumprir mandados de busca e apreensão, mas não encontrou a construtora. A empresa não funciona no endereço há mais de dez anos.
Foram cumpridos mandados, inclusive de prisão, em um edifício na rua Caracás, Gleba Palhano. Policiais estiveram também na sede da Econorte,concessionária que administra algumas praças de pedágio no Estado. Mais três mandados em Jataizinho e um em Ibiporã;

Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em três estados, além do Paraná. Foram feitas buscas, nesta manhã, no Palácio Iguaçu, sede do Governo do Paraná. Ao todo, 50 ordens judiciais foram expedidas. Essa nova etapa da operação, conforme a PF, apura corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias do Paraná.

O foco da investigação é a suposta fraude na concessão de rodovias federais. Segundo informações do Ministério Público Federal, foi identificado um superfaturamento de até 89% no valor da tarifa. As investigações apontaram que a Triunfo exercia o comando na Econorte e Rio Tibagi Engenharia, que teria feito pagamentos a Adir Assad e Tacla Duran, investigados na operação. Segundo a Receita Federal, são R$ 56 milhões desviados em três anos.

A operação chegou  a Casa Civil. O assessor da pasta, Carlos Nasser foi preso. Na lista também está o diretor do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) no Paraná, Nelson Leal Júnior. Foram detidos ainda Oscar Alberto da Silva Gayer, Sandro Antonio de Lima e Wellington de Melo Volpato. O último foi preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.  

O advogado Rodrigo Antunes, que atua na defesa do empresário Leonardo Guerra, disse que ainda não teve acesso autos e que só falará sobre o assunto mais tarde. O advogado Gabriel Bertin, que defende o diretor da Econorte em Londrina não quis se pronunciar sobre o caso.

A assessoria de imprensa da empresa Econorte informou que vai se pronunciar por meio de nota. Mas, não retornou nosso contato até ofechamento desta edição.