O decreto municipal que liberou, com restrições, o uso de piscinas nos clubes sociais de Londrina atende a uma reivindicação feita pelos locais há pelo menos cinco meses. A CBN conversou com representantes de alguns dos clubes mais conhecidos da cidade, que disseram receber com alívio a liberação, apesar de criticarem a demora do poder público para autorizar a flexibilização.

Todos os locais estão fechados desde março, quando foi registrado o primeiro caso de coronavírus na cidade. De lá para cá, as diretorias tiveram que suspender os contratos de trabalhos de boa parte dos funcionários, além de terem que lidar com a saída de muitos associados.

Na AABB, por exemplo, pelo menos 60% dos sócios suspenderam os contratos nos últimos meses. A saída generalizada de clientes fez a receita do clube despencar 50%. Em entrevista à CBN nesta quinta-feira, o presidente do conselho administrativo da associação, Edemilson Ribeiro, disse esperar que a liberação das piscinas ajude a entidade a recuperar pelo menos um pouco das perdas acumuladas desde o início do ano.

Ele contou que a situação financeira do clube é complicada, e que ainda não sabe se vai ter condições de pagar o 13º salário dos 19 funcionários que, atualmente, trabalham para a entidade.

Pelo novo decreto, os clubes vão precisar limitar o uso simultâneo em, no máximo, 50% da capacidade total do local, incluindo nele as piscinas e também a chamada área seca, além de proibir aglomerações, mantendo o distanciamento mínimo de dois metros entre os banhistas. As pessoas que estiverem fora da piscina, ainda segundo a nova norma, também vão precisar usar máscaras. As diretorias também terão que reforçar a limpeza diária de escadas, cadeiras e mesas, além de fazer o controle de cloro na água. Vale lembrar que as duchas e vestiários permanecem interditados.