Nesta época do ano, é registrado um aumento significativo no número de ocorrências envolvendo animais peçonhentos, que se caracterizam pela capacidade de injetar substâncias tóxicas pelas presas. Um dos motivos é que as altas temperaturas favorecem a reprodução desses seres. Os acidentes mais comuns são com escorpiões, aranhas, cobras, abelhas e lagartas.

Para evitar problemas, a Secretaria de Estado da Saúde quer reforçar a importância dos cuidados na prevenção destas ocorrências. De acordo com Edmarlon Girotto, professor do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Uel e plantonista do Ciatox - Centro de Informações e Assistência Toxicológica do Paraná, neste período do ano, tanto os animais quanto a população estão mais ativos e mais expostos ao ambiente externo e com isso o risco de acidentes aumenta.

Dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que foram registrados pelo menos 20 mil acidentes com animais pe çonhentos no Paraná em 2023, um aumento de 26% se comparado com 2022 quando foram registrados 15.980. O Ciatox de Londrina que fica no HU – Hospital Universitário, atendeu cerca de 2 mil casos no ano passado, sendo 912 com escorpiões, 437 com aranhas armadeiras e mais de 200 com cobras jararaca, cascavel e coral.

Para prevenir esse tipo de ocorrência, é recomendado ter alguns cuidados para evitar a reprodução dos animais peçonhentos, como não acumular entulhos, manter limpos os locais próximos das residências como jardins e quintais.

No caso de picada ou contato com animais peçonhentos, o atendimento médico deve ser procurado imediatamente. Se possível, levar uma foto do animal. Vale destacar que não é preciso esperar o acidente acontecer para procurar o Ciatox para tirar dúvidas. O atendimento é feito pelo telefone. (43) 3371-2244.