QUARTA, 02/12/2020, 18:30

Parceria entre UEL, prefeitura e MPF consegue dinheiro para restaurar locomotiva manobreira em Londrina

Maquinário, que por pouco não foi levado para Curitiba há cinco anos, está atualmente no Museu Histórico. Investimento para a restauração gira em torno dos R$ 100 mil.

Um esforço conjunto entre prefeitura, Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Ministério Público Federal (MPF) conseguiu angariar os recursos necessários para a restauração da locomotiva manobreira La Meuse 101. O maquinário, considerado um dos principais bens históricos da cidade, ficou entre 1999 e 2016 no pátio do Pronto Atendimento Infantil, e, atualmente, é uma das diversas peças que ajudam a enaltecer a memória do londrinense no Museu Histórico. O dinheiro para os trabalhos, cerca de R$ 100 mil, já foi repassado ao Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio. A verba foi obtida através de um Termo de Ajustamento de Conduta encabeçado pelo MPF. Os recursos agora vão ser repassados para a conta da Associação dos Amigos do Museu Histórico de Londrina, entidade que ficará responsável por lançar a licitação para contratar a empresa que fará a restauração da manobreira. Quem explica é a diretora do Museu, Edmeia Ribeiro.

Segundo a Secretaria de Cultura, a associação vai ficar responsável por fazer o levantamento de preços junto às empresas especializadas do mercado. A possibilidade de enviar uma carta-convite para uma delas, uma vez que o serviço é muito específico, não está descartada. Edméia Ribeiro explica que a restauração é cênica, ou seja, não prevê nenhum tipo de conserto mecânico ao maquinário, que, conforme ela, ficará exposto no Museu, embaixo de uma cobertura, e não será utilizado em eventos turísticos de circulação. A revitalização prevê substituição das chapas, rebites e parafusos deteriorados, reposição de algumas peças, recomposição do logotipo, entre outras melhorias.

A diretora do Museu Histórico lembrou que, há cinco anos, por pouco a manobreira não foi levada para Curitiba, onde iria ser utilizada em passeios turísticos. Na época, a transferência foi determinada pelo Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que precisou voltar atrás após uma grande mobilização por parte de entidades, políticos e a própria população.

A licitação para a restauração da manobreira deve ser lançada no começo do ano que vem. A previsão é de que a empresa responsável seja escolhida ainda em janeiro, e o serviço tenha início, de fato, entre fevereiro e março.

Por Guilherme Batista

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