Pesquisa da ACIL revela que 82,4% dos comerciantes de Londrina temem falta de recursos financeiros e baixa no fluxo de caixa
Além disso, 24% deles já demitiram funcionários em março e 30% da indústria pretendem demitir em abril.
Uma pesquisa realizada pela Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) aponta os impactos da crise e o resultado dos dias de comércio fechado na cidade. O levantamento, que foi feito no período em que as lojas estavam fechadas por força de decreto municipal, entre os dias 9 e 14 de abril, mostra o reflexo disso no faturamento e nas demissões. Foram entrevistados 233 empresários pela internet.
Desse total, 82,4% temem falta de recursos financeiros e baixa no fluxo de caixa; 64,4% temem diminuição na demanda futura no seu segmento e 57,1% temem ter que demitir funcionários. Em se tratando de demissões, 24,5% dos empresários afirmaram que já tiveram desligamentos em março, 13% da indústria também demitiu algum colaborador e 20% dos prestadores de serviços tiveram baixas no quadro funcional.
Ainda de acordo com a pesquisa, 27,3% do comércio de Londrina, 30,4% da indústria e 15% dos setores de serviços pretendem realizar alguma demissão em abril.
Se compararmos março deste ano, com o mesmo período do ano passado, 83,6% das lojas tiveram diminuição no orçamento. Já com relação a indústria, a queda foi registrada em 82,6% delas e 69% dos serviços em geral sentiram o impacto.
Considerando as projeções dos resultados das vendas da empresa até o final do ano, 77,3% do comércio acreditam que as vendas vão diminuir. A indústria é menos pessimista e registrou 65,2%. Já 73% dos empresários do setor de serviços projetam dias ruins.
Quando questionados, durante a pesquisa, sobre a opinião deles sobre as medidas restritivas tomadas para contenção da disseminação do novo coronavírus, 60,5% defendem apenas as restrições para grupos específicos, 29,2% acham que as limitações têm que ser de todos e 8,2% não defendem restrições.