O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável do município, o PlanMob, foi apresentado de forma detalhada no último sábado, em audiência pública no auditório do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina, Sincoval. O Plano foi desenvolvido com base na Pesquisa Origem Destino de 2019, que trouxe dados como a quantidade de deslocamentos realizados pela população com os diversos meios de transporte, os motivos pelos quais as pessoas se deslocam de um ponto ao outro e os horários de maior movimento.

O diagnóstico, feito pela empresa de consultoria em transportes Logit, aponta algumas mudanças na mobilidade do londrinense, como o aumento no número de viagens diárias feitas pela população. O consultor da Logit, Paulo Sérgio Custódio, explica que, de forma geral, o diagnóstico trouxe uma surpresa, que a participação do transporte coletivo na mobilidade da população londrinense é menor que em cidades similares.

Ainda de acordo com o PlanMob, a quantidade de usuários do transporte coletivo diminuiu nos últimos anos em aproximadamente 18%. Em contrapartida, a demanda pelos aplicativos aumentou.

Contratado com recursos repassados pela Câmara, um resumo do diagnóstico já tinha sido apresentado aos vereadores na semana passada. O diagnóstico revela ainda a continuidade da concentração de viagens ao Centro. Mas, o estudo mostra também um crescimento significativo da população idosa, o que fez aumentar as viagens subsidiadas. O lado bom disso, é que a maioria ocorre fora dos horários de pico. Em relação aos municípios vizinhos, como Cambé e Ibiporã, o PlanMob mostra que a grande maioria dos deslocamentos, tanto de ônibus quanto de carros, tem o centro de Londrina como destino. Isso sem falar que elas ocorrem nos horários de pico.

O PlanMob vai ter ainda outra audiência pública, quando serão detalhadas as propostas para os problemas encontrados pelo diagnóstico. O presidente do IPPUL, Roberto Alves Lima Júnior, explica que em dezembro o projeto de lei do plano deve ser enviado à Câmara de Vereadores.

A liberação dos recursos do Fundo Especial da Câmara para o PlanMob, de R$ 3,6 milhões, foi autorizada por uma lei aprovada pelo Legislativo em 2017.