O 30º Batalhão da Polícia Militar notificou o Ministério Público (MP) nesta segunda-feira (18) sobre o registro frequente de festas clandestinas na zona norte de Londrina. Os eventos realizados sem autorização, que tiraram o sossego da população principalmente durante o pico da pandemia de coronavírus, voltaram a ter evidência na última semana, depois de um jovem ser executado a tiros na saída de uma festa que era realizada no conjunto de chácaras Maristela.

Nos últimos dias, muitos moradores da região procuraram a polícia para denunciar a realização dos eventos e dizer que estão com medo do registro de novos crimes. No final de semana, inclusive, as equipes chegaram a realizar um patrulhamento na localidade, que teria sido palco de pelo menos duas festas clandestinas. As informações são do porta-voz do 30º Batalhão da PM, tenente Emerson Castro.

No ofício enviado ao MP, o comando pede ajuda dos demais órgãos competentes para fiscalizar a realização dos eventos, que são organizados e promovidos na clandestinidade, sem o conhecimento das autoridades, conforme destacou o tenente.

Castro explicou que, normalmente, a população, apesar de prejudicada pela realização da festa, tem medo de denunciar. Ele orientou os moradores a se organizarem para, sempre que for necessário, repassar oficialmente as reclamações para a polícia. Só assim, segundo o tenente, vai ser possível monitorar a organização dos eventos e, consequentemente, evitar que eles sejam realizados.

O porta-voz citou como exemplo a blitz realizada pela PM em frente ao Autódromo, na zona norte, no final de semana, que, conforme ele, ajudou a impedir que um passeio motociclístico, sem autorização legal, fosse realizado.