SEXTA, 08/12/2023, 16:51

Polícia realiza operação contra funcionários de instituição acusados de desviar recursos públicos em Londrina

Segundo as investigações, eles teriam se aproveitado da função que ocupam para falsificar carimbos e documentos e, assim, conseguir realizar os desvios. Entidade, que atende idosos e moradores de rua, recebeu R$ 10 milhões da prefeitura nos últimos cinco anos.

Equipes da Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil realizaram uma operação nesta sexta-feira (8) contra suspeitos de desviar recursos públicos de uma instituição responsável por acolher e atender idosos em situação de vulnerabilidade social e moradores de rua em Londrina. Os acusados eram funcionários da entidade, que presta o serviço por meio de um convênio com a prefeitura. São alvos da investigação o então presidente, o diretor financeiro e a coordenadora administrativa da instituição. Segundo a polícia, eles ocuparam as funções nos últimos dois anos e não foram reeleitos. Ou seja, a entidade já conta com uma nova diretoria. Ainda conforme as investigações, não há indícios, por enquanto, de participação de outros funcionários da entidade e nem de servidores da prefeitura no esquema.

Segundo as investigações, os suspeitos falsificavam carimbos e documentos da entidade para justificar despesas inexistentes. A verba que seria utilizada nessas despesas era desviada pelo esquema, que chegou a simular orçamentos para contratar empresas que, na prática, não prestaram nenhum serviço à entidade.

Nos últimos cinco anos, a instituição recebeu R$ 10 milhões da prefeitura para a manutenção das atividades. O delegado Thiago Vicentini, responsável pelas investigações, disse que ainda é cedo para dizer quanto desse montante foi desviado.

Durante a operação, foram apreendidos documentos, celulares e computadores tanto na sede da entidade como nas casas dos suspeitos. Material que, agora, conforme o delegado, vai passar por uma análise detalhada.

Vicentini reiterou que a instituição não é investigada e garantiu que não haverá interrupção das atividades.

Os suspeitos são investigados por peculato, associação criminosa e falsidade ideológica. Por enquanto, a polícia não encontrou indícios que justificariam o pedido de prisão dos acusados. Ou seja, eles devem responder ao inquérito policial em liberdade.

Por Guilherme Batista

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