TERCA, 10/03/2020, 11:00

Policiais fazem ato contra o femicídio em Londrina

Só em 2019 foram três casos e os números crescem a cada mês. Outros crimes e violência contra as mulheres estão cada vez mais recorrentes

Delegadas e equipe, que trabalham com atendimento de mulheres vitimas de violência fizeram um ato organizado em Londrina, na tarde desta segunda-feira. Participaram, integrantes do Núcleo de Proteção à Crianças e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), da Divisão de Combate à Corrupção de Londrina (DCCO) e da Delegacia da Mulher (DM) contra o feminicídio e a violência doméstica. Elas se reuniram em frente a Delegacia da Mulher com faixas e cartazes com frases de repúdio aos crimes contra o público feminino, como destaca Magda Hofstaetter, delegada da Mulher.

Ela se refere ao delegado de Curitiba, que matou a filha e a esposa na semana passada. A delegada relata que só em 2019 foram 32 casos de importunação sexual de mulheres em Londrina. Em janeiro, foram dois casos e em fevereiro, cinco. Ela explica que a lei que torna crime esse tipo de caso é recente e por isso, precisa ser divulgada para que as mulheres tenham conhecimento.

Mas, a maior preocupação hoje tem relação com o alto número de feminicídios na cidade. Só em 2019, foram três mortes e três tentativas. Só agora em 2020, a delegacia registrou uma queixa. De acordo com a delegada, em todos os casos, os autores foram presos. A principal motivação dos crimes, de acordo com Magda, tem ligação com a não aceitação do término do relacionamento.

A delegada destaca ainda que esse número de casos pode ser ainda maior, devido as subnotificações. Muitas mulheres não denunciam os fatos de violência por medo ou falta de coragem.

Por Claudia Lima

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