Policiais fazem ato contra o femicídio em Londrina
Só em 2019 foram três casos e os números crescem a cada mês. Outros crimes e violência contra as mulheres estão cada vez mais recorrentes
Delegadas e equipe, que trabalham com atendimento de mulheres vitimas de violência fizeram um ato organizado em Londrina, na tarde desta segunda-feira. Participaram, integrantes do Núcleo de Proteção à Crianças e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), da Divisão de Combate à Corrupção de Londrina (DCCO) e da Delegacia da Mulher (DM) contra o feminicídio e a violência doméstica. Elas se reuniram em frente a Delegacia da Mulher com faixas e cartazes com frases de repúdio aos crimes contra o público feminino, como destaca Magda Hofstaetter, delegada da Mulher.
Ela se refere ao delegado de Curitiba, que matou a filha e a esposa na semana passada. A delegada relata que só em 2019 foram 32 casos de importunação sexual de mulheres em Londrina. Em janeiro, foram dois casos e em fevereiro, cinco. Ela explica que a lei que torna crime esse tipo de caso é recente e por isso, precisa ser divulgada para que as mulheres tenham conhecimento.
Mas, a maior preocupação hoje tem relação com o alto número de feminicídios na cidade. Só em 2019, foram três mortes e três tentativas. Só agora em 2020, a delegacia registrou uma queixa. De acordo com a delegada, em todos os casos, os autores foram presos. A principal motivação dos crimes, de acordo com Magda, tem ligação com a não aceitação do término do relacionamento.
A delegada destaca ainda que esse número de casos pode ser ainda maior, devido as subnotificações. Muitas mulheres não denunciam os fatos de violência por medo ou falta de coragem.