SEGUNDA, 18/12/2023, 15:29

Prefeito diz que número de GMs de Londrina sem porte de arma está dentro da normalidade

Marcelo Belinati afirmou que problema é ainda maior na Polícia Militar e garantiu que guardas municipais sem porte de arma, pelos mais diferentes motivos, estão sendo escalados para trabalhos internos.

O prefeito falou sobre o assunto, na manhã desta segunda-feira, durante a inauguração da reforma da UBS da Vila Nova. Marcelo Belinati afirmou que o fato de 20% dos 356 guardas municipais estarem sem o porte de arma, pelos mais diversos motivos, entre eles os afastamentos médicos ou psicológicos, é comum e disse ainda que o problema ocorre também na Polícia Militar paranaense e em volume muito maior.

O assunto veio à tona no fim da semana passada, quando a imprensa local teve acesso à resposta da Secretaria Municipal de Defesa Social ao Pedido de Informações do vereador Santão sobre o uso de armas de fogo pelos agentes da Guarda. No documento, o titular da pasta, Pedro Ramos, confirmou que dos 356 GMs em atividade, 66, ou 20% do total, estão impedidos de usar armas de fogo.

No caso de 53 deles, o motivo foi a não conclusão da carga horária mínima da reciclagem anual obrigatória, por conta de afastamentos médicos ou psicológicos, licença não remunerada e não atendimento as convocações das Guarda. Ainda de acordo com o documento, um GM foi demitido, outro está em licença não-remunerada e o restante está sem o porte de arma, temporariamente, por conta de restrições médicas e psicológicas ou por ordem juidicial.

O secretário de Defesa Social informou também que, dependendo do tipo de restrição do GM, ele pode trabalhar em atividades internas ou operacionais, com outros guardas que estejam portando arma de fogo ou, a depender do  caso, podem atuar nas ruas com equipamentos de menor potencial ofensivo, como os tasers ou armas de choque, além do chamado spray de pimenta e os bastões ou cassetetes.

No documento, Pedro Ramos explica ainda que para isso, a GM avalia o que motivou a suspensão temporária do porte de arma. O vereador Santão, autor do Pedido de Informações, que é policial rodoviário federal há 25 anos, disse na última sexta-feira à CBN que a situação é espantosa, já que os 66 GMs sem arma, trabalhando em atividades operacionais acabam expostos a uma série de riscos.

Também na última sexta-feira, a CBN entrou em contato com o secretário Municipal de Defesa Social, Pedro Ramos, para ter uma posição sobre o assunto, mas não tivemos retorno.

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