O prefeito Marcelo Belinati disse, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (11), que pretende enviar à Câmara Municipal de Londrina um projeto de lei para acabar com uma legislação que, segundo ele, restringe a instalação de novos postos de combustíveis na cidade. O município tentou derrubar a chamada "Lei da Muralha" dos postos em 2017, mas o projeto acabou sendo retirado de pauta após audiência pública e pressão por parte de representantes do setor.

Na época, o projeto queria reduzir de 1.500 metros para 500 metros a distância mínima entre os postos de combustíveis na cidade. O regramento é de 2011 e faz parte do Código de Posturas do Município.

Para Belinati, já passou da hora de a restrição deixar de existir. A proibição da instalação de novos empreendimentos, na avaliação do prefeito, tem prejudicado toda a cadeia produtiva do município.

O prefeito disse ainda que pretendia "reviver" a discussão durante análise técnica do Plano Diretor junto ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), mas resolveu se antecipar após o registro de diversos problemas em Londrina na quinta-feira (10), após o anúncio da Petrobras para o reajuste dos combustíveis. Apesar de a empresa ter informado que o aumento só iria passar a valer nesta sexta-feira, muitos estabelecimentos mudaram os valores nas bombas ainda na quinta, e sem nenhuma justificativa plausível.

Marcelo Belinati reconheceu que grande parte dos donos de postos de combustíveis é honesta na cidade, mas disse ser inadmissível aceitar a atitude por parte de uma pequena parcela que, conforme o prefeito, tem se aproveitado do momento complicado, marcado por sucessivos reajustes, para tirar ainda mais vantagem sobre os motoristas.