O Plano de Enfretamento da Dengue foi apresentado pela Prefeitura na tarde desta quinta-feira, após a confirmação, um dia antes, dos primeiros 21 casos da doença registrados na cidade esse ano e de mais sete casos ainda do ano passado. Os números de 2018 ainda não estão fechados, mas devem ficar em torno de 45 casos. Ou seja, em apenas quatro semanas de 2019 já foi registrada quase a metade de casos de todo o ano passado.

O Secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, classificou o número como preocupante e explica que o plano inclui medidas como a aplicação do fumacê em 100% da área urbana da cidade, além de ações de campo, como a visita a residências e a limpeza em fundos de vale e locais de descarte irregular de lixo e entulho.

Outro dado que acendeu o sinal de alerta na Secretaria de Saúde é que entre as 28 confirmações, foi registrado na zona leste um caso do tipo 2 do vírus. E a zona leste é prioridade nessa primeira semana de mutirão, que começa na segunda-feira, dia 4, e vai até a sexta-feira. Todos os mais de 25 mil imóveis cadastrados pela Secretaria serão visitados. Cerca de 150 agentes foram destacados para a força tarefa  na região.

A zona sul, que teve o maior número de criadouros do Aedes Aegypti no último LIRAa, e o índice chegou a quase 9,5%, teve um reforço das ações da Secretaria de Saúde na semana passada, com o envio de agentes de endemias para visitar as residências e combater os focos do mosquito.

De acordo com Felippe Machado, o Governo do Estado já confirmou o envio de dez carros de fumacê para Londrina. A divulgação do primeiro LIRAa do ano, na semana passada, e que chegou ao índice de quase 8% de infestação, já apontava para o risco de uma epidemia das chamadas arboviroses na cidade, que incluem a dengue, a zika e a chikungunya. Foram encontrados focos do mosquito em 838 dos quase 10.500 imóveis vistoriados pelos agentes.

A diretora de Vigilância em Saúde do Município, Sônia Fernandes, explica que o sorotipo 2 do vírus da dengue é mais agressivo e não circulava pelacidade há alguns anos. Os sintomas, em ambos os casos de dengue são praticamente os mesmos.

A diretora de Vigilância em Saúde orienta a população a deixar portas e janelas abertas quando o fumacê passar, já que os mosquitos ficam escondidos dentro de casa. Em 2013, Londrina enfrentou a pior epidemia de dengue da história, quando foram confirmados 15 mil casos da doença.

O prefeito Marcelo Belinati afirmou que o Município está preparado para uma eventual epidemia da doença e fez um apelo à população.

A Prefeitura anunciou ainda que vai intensificar notificações e multas em locais e residências que são reincidentes e continuam com focos do mosquito.