Moradores do jardim Panissa, que fica bem na divisa de Cambé com a zona oeste de Londrina, continuam a sofrer com a ponte precária que corta o bairro. Durante a chuvarada dos últimos dias, o trecho voltou a registrar alagamentos. A água encobriu o asfalto e, em determinado momento, durante a manhã de terça-feira (17), um ônibus do transporte coletivo por pouco não ficou ilhado na inundação.

Os alagamentos são resultado de uma estrutura adequada para dar vazão à água do córrego que passa por debaixo da ponte quando chove forte. A tubulação existente é insuficiente, o que faz o curso d'água transbordar e encobrir o asfalto. Aí, dependendo da força da chuva, a inundação é inevitável. Normalmente, os alagamentos formam uma cachoeira no trecho, e deixam os moradores literalmente ilhados. Eles só vão conseguir sair de casa depois que a chuva passa e o nível do córrego diminui.

No ano passado, a Prefeitura de Cambé anunciou que pretendia realizar uma obra na ponte, mas, na época, adiantou que só iria realizar o serviço caso ele fosse feito em parceria com o município de Londrina. Mas, nos últimos meses, as duas cidades chegaram a um acordo e, pelo menos por enquanto, as obras serão custeadas 100% por Cambé. O prefeito Conrado Scheller explicou que o município já contratou uma empresa para elaborar o projeto executivo da obra e que, atualmente, esse projeto passa por análise no setor de engenharia da Secretaria de Obras.

Ele espera que essa análise seja concluída até o final deste ano, quando será lançada a licitação para a construção da ponte. O prefeito não quis estipular uma data para o início dos trabalhos, mas a expectativa é de que isso ocorra somente no ano que vem. E depois que a ponte ficar pronta, segundo Scheller, a Prefeitura de Londrina já se comprometeu a repassar para Cambé metade do valor que será gasto com as obras. A princípio, o procedimento está orçado em cerca de R$ 3 milhões.