Com a divulgação do índice de quase 8% no 1º LIRAa de 2019, divulgado na semana passada, e o estado de alerta para uma possível epidemia de dengue, a Secretaria de Saúde de Londrina decidiu ampliar as medidas de combate ao Aedes Aegypti e pediu à Secretaria Estadual de Saúde o envio de veículos de fumacê aqui para a cidade.

De acordo com levantamento, dos quase 10.500 imóveis visitados pelas equipes municipais de endemias 838 tinham focos do mosquito. A maioria deles, quase 80%, foi encontrada nos chamados depósitos móveis, pratos, vasos de plantas, bebedouros de animais, e ainda em garrafas, latas e outras embalagens abandonadas.

Em 2019, segundo o secretário de Saúde de Londrina, Felipe Machado, foram 128 notificações da doença aqui na cidade. Nenhum caso foi confirmado até agora, quatro foram descartados e outros 124 estão em andamento.

De acordo com o secretário, o primeiro LIRAa do ano mostrou que os maiores índices de infestação estão em algumas áreas da zona sul. Por lá, o índice foi de quase 9,5%. No topo da lista o bairro São Lourenço. O secretário afirma que os cinco carros de fumacê são um complemento às ações de combate ao mosquito.

Felipe Machado explica que o veneno do fumacê ataca apenas o mosquito adulto. Ou seja, não resolve o problema por completo. É fundamental eliminar a água acumulada e acabar com possíveis criadouros do Aedes Aegypti.

Na última sexta-feira, o secretário acompanhou, pessoalmente, o trabalho da força tarefa da dengue na região sul da cidade. O pedido de envio dos carros de fumacê para Londrina foi enviado à 17ª Regional de Saúde na sexta-feira. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os carros devem ser enviados assim que possível. De acordo com a Sesa, atualmente o Estado tem 39 veículos do tipo e espera o envio de mais oito carros prometidos pelo Ministério da Saúde.

No ano passado, Londrina registrou pouco mais de 3 mil notificações de casos suspeitos de dengue. Apenas 37 foram confirmados, outros 2.700 foram descartados e 333 seguem em investigação.