QUARTA, 25/01/2023, 11:55

Prefeitura pode entrar na Justiça por demolição de imóvel abandonado que se tornou mocó na rua Belém, na área central

Policial preso na semana passada teria abusado sexualmente de mulheres no espaço. Nesta terça-feira, homem com mandado de prisão em aberto foi baleado em confronto com a polícia no momento em que deixava o imóvel.

A Procuradoria-Geral do Município pretende entrar com uma ação na Justiça para obrigar o proprietário do imóvel abandonado da rua Belém, na área central de Londrina, a demolir a estrutura. A medida drástica foi a alternativa encontrada pelo poder público para aumentar a segurança do entorno do espaço, que é usado como mocó por moradores de rua e usuários de drogas. Na última semana, por exemplo, um policial militar foi preso acusado de abusar sexualmente de duas mulheres em situação de rua no imóvel. Nesta terça-feira (24), um homem com mandado de prisão em aberto foi baleado na perna em confronto com policiais militares no momento em que deixava o local. E estes são apenas dois exemplos de violência de diversos já registrados no mocó ao longo dos últimos meses.

Em entrevista à CBN nesta quarta-feira (25), o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, disse que o proprietário do imóvel já foi notificado pela prefeitura, mas que, desde então, nenhuma providência foi tomada para a reforma e o fechamento do espaço. A Guarda Municipal também visitou o local três vezes nos últimos meses em ações de fiscalização. Os frequentadores chegaram a ser encaminhados para serviços da Assistência Social, mas a maioria deles, segundo Canhada, voltou para o mocó.

O secretário explicou que, apesar de todos os problemas, o município não pode tomar providências em relação ao imóvel, uma vez que se trata de uma propriedade privada, e que, de acordo com ele, está com os impostos em dia. Por isso que, conforme explicou Canhada, vai ser preciso judicializar a questão.

Desde setembro, a prefeitura visitou 65 imóveis em Londrina. Em 55 deles ficou caracterizada a situação de abandono. Dez proprietários já foram notificados e em quatro casos, segundo a Defesa Civil, as estruturas vão precisar ser demolidas por apresentarem riscos de desabamento.

Por Guilherme Batista

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