SEGUNDA, 09/09/2019, 06:52

Presidente de Comissão Especial da Câmara visita clínicas psiquiátricas de Londrina e afirma que Maringá tem logística melhor para pacientes

Relatório da Comissão será apresentado em duas semanas e deve trazer alternativas para melhorar o serviço oferecido aqui na cidade.

Os diretores das duas instituições, Paulo Nicolau e Mara Silvestre estão afastados dos cargos desde o início da operação e os vereadores da Comissão Especial de Acompanhamento das Investigações sobre as Clínicas Psiquiátricas foram recebidos pelo diretor interino, Fernando Nicolau. A Comissão foi criada em março desse ano, após o Ministério Público deflagrar a Operação Hipócrates, que investiga supostas irregularidades nos atendimentos a pacientes do SUS nas duas unidades.

O presidente da CE, vereador Vilson Bittencourt, diz que na visita à Clínica Psiquiátrica de Londrina e à Villa Normanda, ele e o vereador Roberto Fú, do PDT, membro da Comissão, puderam conhecer as instalações e conversar com os profissionais das duas instituições sobre detalhes que envolvem o atendimento aos dependentes químicos e pessoas com transtornos mentais.

A Clínica Psiquiátrica de Londrina tem 200 leitos para pacientes encaminhados, de diferentes municípios do estado, pela Central de Regulação de Leitos. Já a Villa Normanda tem 65 leitos, todos para homens dependentes químicos. No total, as duas têm uma equipe de cerca de 200 funcionários, de cozinheiros a terapeutas ocupacionais, além de profissionais de enfermagem, farmacêuticos e nutricionistas.

As clínicas recebem recursos públicos de convênios com a União, o Estado e o Município. De acordo com o vereador, a direção das instituições explicou que a diária recebida por cada paciente é de R$ 154 e o valor repassado pelo SUS diminui proporcionalmente ao tempo de internação. Outra dificuldade, segundo os diretores, é o alto índice de reinternação dos pacientes, próximo a 70%.

Para Vilson Bittencourt, a visita trouxe mais subsídios para a Comissão, que na semana passada esteve em Maringá e visitou o hospital municipal e a rede de atenção básica da cidade. O presidente da Comissão avalia que, apesar de estruturas hospitalares semelhantes, Maringá tem um complexo de Centros de Atenção Psicossocial que acabam agilizando o trabalho e trazendo uma logística melhor para o atendimento aos pacientes.

A comissão tem mais duas semanas, até o dia 24 de setembro, para concluir o relatório, que entre outras coisas, deve apresentar alternativas para melhorar o atendimento aos pacientes com transtornos mentais de Londrina.

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