TERCA, 17/01/2023, 08:43

Primeiro Levantamento de Infestação do Aedes aegypti reacende alerta das autoridades contra a dengue em Londrina.

A cada cem imóveis visitados pelos agentes, mais de cinco apresentaram focos do mosquito transmissor da doença. Secretaria de Saúde prepara ações nos bairros mais problemáticos, que, em alguns casos, apresentaram índice de mais de 30%.

A Secretaria Municipal de Saúde apresentou nesta segunda-feira (16) o resultado do primeiro Liraa, Levantamento de Infestação do Aedes aegypti, realizado em Londrina em 2023. Os agentes de endemias passaram as últimas duas semanas percorrendo todas as regiões da cidade atrás de imóveis com focos do mosquito transmissor da dengue. O índice ficou em 5,5%. Ou seja, a cada cem imóveis visitados, mais de cinco apresentaram criadouros do Aedes. O percentual é 2% maior na comparação com os 3% do levantamento de novembro do ano passado e cinco vezes maior se comparado ao 1% preconizado pelo Ministério da Saúde como aceitável. Segundo o secretário de Saúde, Felippe Machado, o aumento é preocupante e se deve à chegada do verão, com as altas temperaturas, e também às chuvas, que caíram com frequência na cidade nas últimas semanas.

A zona norte é a região mais problemática, com índice de 7,2%, seguida da sul (6,07%); centro (4,63%); oeste (4,45%) e sul (3,93%). O município planeja ações de combate ao Aedes já para os próximos dias. Segundo o secretário de Saúde, os trabalhos vão começar pelo residencial Flores do Campo e conjunto Luiz de Sá, na região norte, que apresentaram índices 30,2% e 22,9%, respectivamente. A ideia é visitar todos os domicílios dos dois bairros e, caso seja necessário, fazer a aplicação do fumacê e também a realização de mutirões para o recolhimento de inservíveis e limpeza de terrenos. 

Bairros de outras regiões também devem receber atenção do poder público, como a Vila Hípica, na zona oeste, que tinha focos do Aedes em 33 imóveis a cada cem visitados pelos agentes. Já no jardim Castelo, na área central, o índice ficou em 30,6%. Mas, além do trabalho por parte dos agentes, o secretário de Saúde ressaltou a importância da população no combate ao Aedes. Segundo ele, 87% dos focos foram encontrados pelas equipes nos quintais das casas. E os outros 13% estavam no interior das residências.

No ano passado, Londrina registrou mais de 3,1 mil casos e duas mortes por dengue. Neste ano, já são 132 notificações e um caso confirmado da doença.

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