SEGUNDA, 25/11/2019, 06:52

Professor acusado de matar diretor da UENP deve enfrentar Tribunal do Júri no primeiro semestre de 2020

Assistente de acusação afirma ainda que família da vítima confiava que pedido para que Laurindo Panucci não enfrentasse júri popular seria negado pelo TJ.

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou  o pedido feito pela defesa do professor Laurindo Panucci Filho, acusado de matar o diretor da UENP de Cornélio Procópio, Sérgio Ferreira, para que ele não fosse julgado pelo Tribunal do Júri. O pedido já tinha sido negado em primeira instância. Nas alegações ao TJ, o advogado do professor alegou que Panucci teria agido em legítima defesa e pediu sua absolvição.

Em vez de homicídio, o advogado solicitou ainda que ele fosse julgado por lesão corporal seguida de morte. A defesa também argumentou que Panucci apenas se defendeu em uma briga que teria sido provocada pela própria vítima e que o professor também não teve a intenção de matar.

O advogado da família do diretor morto, Leandro Genovezi, diz que o julgamento ainda não tem data marcada, mas a expectativa, da defesa e dos parentes de Sérgio Ferreira, é de que ocorra ainda no primeiro semestre do ano que vem.

O diretor do campus da UENP de Cornélio Procópio, Sérgio Ferreira, tinha 60 anos e morreu após ser agredido com uma machadinha dentro da universidade, poucos dias antes do Natal de 2018. Por conta da repercussão do caso, a Justiça determinou que o professor Laurindo Panucci ficasse separado dos demais presos e ocupasse uma cela especial da cadeia pública da cidade durante o processo.

Leandro Genovezi diz ainda que a tese da defesa de Laurindo Panucci era completamente inconsistente e que a família tinha confiança de que o pedido para que ele não enfrentasse o Tribunal do Júri seria negado pelo TJ.

Laurindo Panucci Filho foi preso em Teodoro Sampaio, no interior de São Paulo, no dia seguinte ao crime e, de acordo com a Polícia Civil, confessou ter matado o diretor.

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