QUARTA, 24/05/2017, 18:55

Profissionais da Segurança Pública de todo o país protestaram em Brasília contra a Reforma da Previdência

Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Paraná, não existe condição de se votar a Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência com o presidente da República respondendo a denúncias graves.

Policiais civis, federais e outros profissionais da segurança pública de todo o país participaram nesta quarta-feira de uma mobilização contra a PEC da Reforma da Previdência em frente ao Congresso Nacional. De acordo com o presidente do Sindicato da Polícia Civil do Paraná, Michel Franco, que participou do protesto na capital federal, a mobilização contou com a participação maciça de milhares de profissionais da segurança pública com o objetivo de pressionar os deputados a não votarem a Proposta de Emenda à Constituição.

Segundo o Franco, se aprovada, a PEC 287 vai tirar muitos direitos dos policiais. Ele destaca o tempo de contribuição para a aposentadoria integral e o não respeito às particularidades de cada profissão. Se o texto for aprovado sem alterações, os policiais se aposentarão aos 65 anos e vão contribuir por 49 anos.  Para o presidente do Sindipol, da forma como está o texto, uma parcela significativa dos policiais morrerá antes mesmo de se aposentar.

Para Michel Franco, uma reforma complexa como a da Previdência, que atinge tantos cidadãos, não pode ser votada nesse momento, com um presidente que responde a denúncias graves e insiste em não renunciar, e um congresso sem credibilidade.

O texto-base da Reforma da Previdência, apresentado pelo relator deputado Arthur Maia, do PPS da Bahia, foi aprovado na Comissão Especial da Câmara em abril e deve ser votado em dois turnos no plenário da Casa, sendo necessários pelo menos 308 favoráveis dos deputados para que seja aprovado. No dia 18 de maio, o governo tentou, mas não conseguiu colocar a PEC da Reforma da Previdência em votação na Câmara.

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