QUARTA, 07/06/2017, 19:15

Projeto que propõe a criação da Semana e do Dia da Conscientização sobre a Síndrome da Alienação Parental é discutido na Câmara

Conselheira Tutelar convidada para o debate diz que casos são cada vez mais freqüentes e que o comportamento é a primeira mudança que se percebe no filho.

A reunião pública para discutir a chamada Síndrome da Alienação Parental teve a participação de representantes de diversas entidades ligadas ao tema, como a Comissão de Direitos Humanos e a Comissão da Mulher Advogada da OAB; conselheiros tutelares; da Secretaria de Educação e do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente. Autor do projeto que cria a Semana e o Dia da Conscientização sobre a Síndrome da Alienação Parental, o vereador Gerson Araújo, do PSDB, afirma que a proposta tem como objetivo divulgar para a sociedade o tema, que vem ganhando importância nos últimos anos, por conta dos casos, cada vez mais frequentes, da chamada alienação parental.

A Síndrome de Alienação Parental começa, quase sempre, após uma separação conturbada dos pais. Os casos mais freqüentes estão associados a situações em que um dos genitores tem uma tendência vingativa e não consegue aceitar a separação. E ai começa um processo de destruição de desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. E o filho passa a ser utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. Araújo, que também é membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara, coordenou o debate e diz que ficou impressionado com alguns casos relatados durante a reunião.

Para a conselheira tutelar Jaqueline Hipólito, que participou da reunião na Câmara, o tema merece uma ampla discussão. Ela diz quem durante a separação muitos pais se esquecem do único vínculo entre eles a partir daquele momento, que é justamente o filho.

Jaqueline Hipólito, que está no Conselho Tutelar Centro Leste há mais de seis anos, diz que os casos de alienação parental são cada vez mais freqüentes e que muitos pais se preocupam só com a separação e se esquecem do filho. A conselheira tutelar afirma que, na maioria dos casos, a primeira mudança que se percebe é no comportamento.

A conselheira tutelar afirma que todos os casos são encaminhados para psicólogos e assistentes sociais e que, em casos extremos, o Ministério Público é acionado. O projeto de lei passou por todas as Comissões e deve ser votado em Plenário nesta quinta-feira.

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