Projeto que regulamenta horas extras dos servidores tem discussão adiada pela oitava vez
Disputa na Justiça do Trabalho trava a discussão
Em tramitação na Câmara desde julho do ano passado, o projeto que mexe nas horas extras dos servidores municipais de Londrina teve a discussão adiada pela oitava vez. A iniciativa do Executivo prevê a criação de banco de horas e altera a forma de cálculo das horas extras dos funcionários da prefeitura.
A ideia é aumentar a jornada de trabalho de seis para oito horas diárias, reduzindo os gastos com horas extras, que chegam a 40 milhões de reais por ano.
Por outro lado, o Sindicato dos Servidores teme que as alterações no estatuto provoquem a perda de direitos adquiridos e afetem o valor da hora de trabalho normal.
Segundo o diretor do Sindiserv, Fábio Molin, o projeto não avança por divergência em relação a estas perdas. Ele aponta um déficit de 2 mil servidores na prefeitura, sendo mil só na área da saúde. Com profissionais a menos, as horas extras acabam sendo necessárias para o funcionamento da prefeitura.
Outro ponto que trava a negociação entre prefeitura e Sindiserv é uma batalha judicial por horas extras. Somente um dos advogados do Sindicato tem cerca de mil ações sobre este tema contra o município.
Com a retirada por mais oito sessões, o projeto só volta a ser discutido na Câmara na segunda quinzena de outubro.