Quase 20% dos guardas municipais de Londrina estão sem porte de arma
Número foi confirmado pela Secretaria de Defesa Social e tem entre as causas, licenças médicas e afastamentos, mas principalmente a falta da reciclagem anual obrigatória.
A CBN Londrina teve acesso à resposta da Secretaria Municipal de Defesa Social ao Pedido de Informação do vereador Santão sobre o uso de armas de fogo pelos agentes da Guarda. No documento, o titular da pasta, Pedro Ramos, confirma que dos 356 GMs em atividade, 66, ou 20% do total, estão impedidos de usar armas de fogo.
No caso de 53 deles, o motivo foi a não conclusão da carga horária mínima da reciclagem anual obrigatória, por conta de afastamentos médicos ou psicológicos, licença não remunerada e não atendimento as convocações da Guarda.
Ainda de acordo com o documento, um foi demitido, outro está em licença não-remunerada e o restante está sem o porte de arma, temporariamente, por conta de restrições médicas e psicológicas ou por ordem judicial.
O secretário de Defesa Social informou também que, dependendo do tipo de restrição do GM, ele pode trabalhar em atividades internas ou operacionais, com outros guardas que estejam portando arma de fogo ou, a depender do caso, podem atuar nas ruas com equipamentos de menor potencial ofensivo, como os tasers ou armas de choque, além do chamado spray de pimenta e os batões ou cassetetes.
No documento, Pedro Ramos explica ainda que para isso, a GM avalia o que motivou a suspensão temporária do porte de arma. O vereador, que é policial rodoviário federal há 25 anos, classifica a situação como espantosa, já que os 66 GMs sem arma, trabalhando em atividades operacionais acabam expostos a uma série de riscos.
A CBN entrou em contato com o secretário Municipal de Defesa Social, Pedro Ramos, para ter uma posição sobre o assunto, mas até a conclusão da reportagem não tivemos retorno.