Quase seis meses depois das chuvas de janeiro, Londrina ainda se recupera dos estragos causados pela precipitação recorde, mas até agora não recebeu nenhum recurso do estado e do governo federal. Os prejuízos, entre bens públicos e privados, foram calculados em mais de R$ 95 milhões. Quase 400 pontos da área urbana e da zona rural tiveram algum tipo de dano. Os R$ 20 milhões investidos pelo município até o momento vieram de sobras do orçamento do ano passado. R$ 70 milhões foram pedidos à União, mas, por enquanto, houve apenas a sinalização de serem liberados R$ 8 milhões. O secretário de Obras, Walmir Matos, lamentou a ausência de apoio financeiro do governo do Paraná e o fato de o suporte federal ser apenas uma expectativa.

À época em que os primeiros reparos eram feitos, o governo estadual enviou óleo diesel para auxiliar o trabalho de máquinas em vias rurais. O secretário alegou também que o valor desembolsado pela prefeitura já passou da marca de R$ 20 milhões, pois, conforme Matos, há diferentes demandas acumuladas.

Projetos considerados importantes, como o Arco Leste e duplicações das avenidas Aminthas de Barros e Faria Lima, foram desacelerados. O secretário de Obras declarou ainda que trabalhos rotineiros, como o recape asfáltico, também têm sido prejudicados, já que parte do dinheiro em caixa foi direcionada para os danos das chuvas.

Nessa quarta-feira, o prefeito Alexandre Kireeff pediu ao Ministério da Integração Nacional que a ponte móvel instalada sobre o Rio Taquara fique no local até março do ano que vem. A estrutura é provisória e foi colocada ali pelo Exército para ligar o distrito de Paiquerê ao patrimônio de Guairacá. A ponte é uma das 10 cujas obras podem ser bancadas pelo governo federal.