Quatro policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público por outros crimes relacionados ao homicídio ocorrido em Ibiporã em setembro de 2021, que eles já respondem na Justiça. Na nova denúncia foram imputados os crimes de abuso de autoridade, fraude processual e falsidade ideológica, além de denunciação criminosa.

As investigações da operação Mar Vermelho apontam que parentes de uma ex-vereadora de Bela Vista do Paraíso contrataram os policiais militares para executar dois agiotas. Esses particulares contraíram uma dívida de R$ 180 mil e estavam sendo pressionados pelo pagamento. Para acabar com a pressão, eles contrataram os PM’, que atuavam na Rotam, para armar uma emboscada.

O promotor do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado), Jorge Barreto, informa que a investigação indica que momentos antes do crime do homicídio os policiais mandaram um comerciante desligar as câmeras para eliminar provas do homicídio. Depois de matarem a vítima, eles ainda fizeram um falso boletim de ocorrência forjando um confronto e colocando um revólver na cena do crime para justificar a suposta reação policial.

Os oficiais também devem responder por denunciação caluniosa por imputar à vítima falsa denúncia de tráfico de drogas.

O grupo criminoso foi denunciado a partir das investigações da Operação Mar Vermelho, conduzida do Gaeco de Londrina e pela Corregedoria da Polícia Militar, que apurou diversos crimes, como latrocínio, furto, roubo, extorsão e homicídio, praticados com a participação de policiais.

Na denúncia, além da condenação pelos crimes citados, o Ministério Público solicitou o arbitramento cumulativo de dano material mínimo e danos morais em favor do Estado do Paraná, bem como a perda dos postos, patentes e funções públicas dos militares, além da declaração de indignidade, nos termos do Código Penal Militar.

Os quatro PM’s estão presos em Curitiba desde a 2ª fase da Operação Mar Vermelho deflagrada no dia 6 de dezembro de 2023.