A Receita Federal divulgou o balanço das apreensões de cigarros eletrônicos realizadas em Londrina e região em 2022. Durante todo o ano passado, as equipes apreenderam 67.109 aparelhos. São mais de R$ 1,8 milhão em mercadorias ilegais retiradas de circulação pela fiscalização. O número de apreensões é 103% maior se comparado aos 33.041 vapers recolhidos em 2021. No Paraná, o aumento foi ainda maior e chegou a 172%, subindo de 231 mil para 629 mil aparelhos apreendidos entre um ano e outro.

Em entrevista à CBN nesta segunda-feira (30), o delegado da Receita Federal em Londrina, Reginaldo Cardoso, lembrou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização, importação e fabricação dos cigarros eletrônicos em território nacional desde 2009, e que, por conta dessa restrição, a fiscalização contra a entrada desse tipo de produto no país é tratada com prioridade pelas equipes.

Questionado sobre o que pode ter motivado o aumento considerável no número de apreensões entre 2021 e o ano passado, o delegado citou dois fatores: o aumento também no consumo dos cigarros eletrônicos principalmente por parte dos jovens, e a realização de ações estratégicas das equipes do setor de inteligência da Receita, que, conforme Cardozo, passaram a focar os esforços nas grandes apreensões.

O delegado citou, ainda, a grande vantagem econômica trazida pela prática ilegal aos contrabandistas, que pagam de R$ 12 a R$ 15 pelo cigarro eletrônico no Paraguai para revendê-los por mais de R$ 100 cada em território brasileiro.