Regional de Londrina concentra mais de 20% das mortes por síndromes respiratórias no Paraná em 2025
Foram 100 óbitos na região de abrangência da 17ª, enquanto o Paraná tem, no total, 469 mortes no ano
Os municípios da 17ª Regional de Londrina lideram o número de mortes por síndromes respiratórias no Paraná em 2025. Neste ano, são 100 óbitos confirmados em decorrência desse tipo de doença. O número corresponde a mais de 20% do total de casos fatais em todo o estado, que totaliza 469.
Apesar do número alto de mortes, o índice ainda é menor do que no mesmo período do ano passado, quando 118 morreram por conta de doenças respiratórias. O que aumentou foi o número de casos. 925 no ano passado contra 1.436 até agora em 2025.
O padrão se repete na maioria das regionais de Saúde do Paraná e nos números totais do estado: São 10.038 casos confirmados de janeiro até agora, contra 8.836 em 2024.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SESA), o Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) registrou o maior número de exames processados em um único mês desde 2023. Foram 3.769 exames em maio (63% a mais que a média de 2,3 mil exames mensais), sendo 1.322 somente na última semana. Dentre as amostras do mês, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e a Influenza continuam predominando, num total de 51,52% das amostras, sendo 25,68% para VSR e 25,84% para Influenza.
O titular da SESA, Beto Preto, ressaltou que o principal instrumento de combate neste momento é a vacinação.
Em Londrina, a procura pela imunização é baixa. Entre os grupos prioritários, 49% dos idosos foram vacinados, 22,77% das crianças e 1.005 grávidas.
Na última segunda-feira (2) a Prefeitura da cidade anunciou um plano de contingência contra as doenças respiratórias.A ação prevê o investimento de até R$ 5 milhões para o reforço do fluxo de atendimento na rede, de acordo com a gravidade, e a viabilização da instalação de cabines para teleatendimentos nas UPAs Sabará, Jardim do Sol, Leonor e PAI.
Nas últimas semanas, segundo dados da Secretaria de Saúde, o número de atendimento no Pronto Atendimento Infantil (PAI) aumentou 50%. No caso das UPAs do Sabará e do Jardim do Sol, e no PA do Jardim Leonor, o aumento chegou a 20%.