SEGUNDA, 14/11/2016, 00:30

Reitoria da UEL quer acionar a Justiça para desocupar prédios da universidade tomados por estudantes

Para vice-reitor, as negociações com os manifestantes chegaram ao limite. Reintegração de posse pode ser pedida a partir desta terça-feira (15).

A direção da Universidade Estadual de Londrina já trabalha com a possibilidade de ingressar na Justiça com um pedido de reintegração de posse para tentar reaver unidades do campus que estão ocupadas por estudantes em greve. Setores como o prédio da reitoria e a rádio da universidade se encontram tomados por universitários desde o início do mês. Eles protestam contra medidas como a PEC dos gastos públicos e pedem uma série de melhorias na instituição, como a ampliação de vagas na Casa do Estudante.

De acordo com o vice-reitor da UEL, Ludoviko dos Santos, a reitoria apresentou na sexta-feira (11) uma lista de respostas sobre as reivindicações dos manifestantes, mas, conforme ele, os alunos decidiram não acolher o documento oficialmente. O vice-reitor afirmou que as negociações chegaram “a um limite” e apontou que a equipe da reitora Berenice Jordão estuda acionar a Justiça para reaver os locais ocupados.

Segundo Ludoviko dos Santos, a reitoria respondeu a maior parte das queixas apresentadas pelos estudantes. No entanto, o vice-reitor alegou que há demandas que não podem ser atendidas de imediato, como a ampliação do espaço da Casa do Estudante.

O prazo para que os universitários respondam ao documento da reitoria termina na noite desta segunda-feira (14). Caso não haja retorno até essa data, a intenção, de acordo com Santos, é, então, recorrer à Justiça.

Nossa reportagem procurou representantes do Diretório Central dos Estudantes da UEL, mas não conseguimos localizá-los até o fechamento da matéria. Em nota enviada à imprensa no sábado (12), o comando de greve dos universitários informou que promoveu uma reunião na sexta-feira da qual participaram representantes de 45 cursos. Entre outros pontos, os alunos pedem que a reitora compareça pessoalmente para um encontro com os grevistas e apresente “propostas concretas e posicionamentos claros”. A nota diz ainda que a greve irá continuar e que o grupo fará um novo protesto, desta vez no fim da tarde desta quarta-feira (16), em frente à Sala dos Conselhos da universidade.

Comentários