QUINTA, 11/02/2021, 13:13

Representantes de Londrina reagem à possibilidade de outorga nas concessões do pedágio do Paraná

Entidades e deputados da região defenderam em audiência pública o modelo com menor tarifa e fazem pressão para evitar contrato parecido com o do atual Anel de Integração. 

O tom de consenso foi adotado na audiência publica realizada em Londrina na manhã desta quinta-feira na sede da Sociedade Rural do Paraná pela Frente Parlamentar do Pedágio da Assembleia Legislativa. Entidades do setor produtivo de Londrina, políticos e representantes de sindicatos são contrários ao modelo de outorga onerosa do pedágio apresentado pelo Governo Federal para as concessões das rodovias no Paraná no contrato que terá validade de 30 anos a partir de novembro.

O deputado estadual Tercilio Turini (CDN) defende o modelo de menor tarifa como os implantados em Santa Catarina e Rio Grande do Sul nos governos Dilma Roussef (PT) e Michel Temer (MDB). Segundo o entendimento do parlamentar o modelo proposto não irá reduzir tarifas, irá criar mais 15 praças de pedágios em trechos curtos além de imposto em favor do governo federal, a chamada outorga.

Durante a reunião o deputado apresentou  um anexo do projeto desenhado pelo Ministério da Infraestrutura que prevê uma praça de pedágio na PR-445 dentro da cidade antes dos distritos de Guaravera, Irerê e Paiquerê. Ou seja foi incluído entre 15 novas praças nos cerca de 800 km de estradas estaduais incluídas para duplicação neste novo modelo.

 Para o deputado estadual Tiago Amaral as obras estratégicas como contorno norte precisam ser executadas com prazos definidos no contrato.

 Ari Sudan, representante do Fórum Desenvolve Londrina, cobra uma discussão precisa ser transparente. Isso porque o empresário do setor metal mecânico enxerga que alguns pontos do modelo apresentado não estão claros ou não satisfazem a reivindicação do segmento. Sudan defende um contrato que garanta de fato tarifas mais baixas.

 

O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Antonio Sampaio, lembra que as entidades de classe já emitiram um manifesto contrário ao modelo de concessão proposto pela Ministério de Infraestrutura. Ele pontua ainda o impacto custo do pedágio na produção agrícola do norte do Paraná.

 

A série de audiências públicas sobre o novo modelo de concessão do pedágio no Paraná continua nesta sexta-feira (12) a partir das 8h30 na cidade de Cornélio Procópio, no auditório da Universidade Técnica Federal do Paraná (UTFR).  As audiências terão transmissão ao vivo pela TV Assembleia, site e redes sociais do Legislativo.

Estão previstas ainda audiências nas cidades de Guarapuava (18/02), Francisco Beltrão (19/02), Maringá (25/02), Apucarana (26/02), Curitiba (04/03) e Ponta Grossa (05/03), em locais ainda a serem confirmados.

Por Guilherme Marconi

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