Revoada das formigas cortadeiras chama a atenção em Londrina
Período entre setembro e outubro é de acasalamento da espécie, por isso a revoada é observada com maior intensidade nesta época do ano
Recentemente, a revoada das formigas cortadeiras ou saúvas chamou a atenção em Londrina. As saúvas saem do solo entre setembro e outubro para se acasalar em pleno voo, estimuladas pela chuva, calor e vento. Depois do acasalamento, o macho morre e a fêmea, conhecida como tanajura, pousa e começa escavar um novo ninho e após 3 meses saem as novas formigas.
Um formigueiro pode chegar a 30 metros de extensão dentro da terra e isso pode até inviabilizar uma produção agrícola ou trazer danos às árvores e plantas da zona urbana.
O biólogo do IDR- Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, José Cosme de Lima, explica que nesse processo de reprodução, pelo menos 20 mil machos alçam voo, por isso o grande número de insetos no ar.
As formigas cortadeiras são de difícil controle e atacam florestas, hortaliças, cana-de-açúcar, pastagens e migraram para as cidades onde são encontradas na arborização urbana. De acordo com o pesquisador, o controle das formigas nos centros urbanos é fundamental porque elas podem atrapalhar o crescimento das plantas e também o paisagismo. As cortadeiras desfolham as árvores como o eucalipto e a planta não consegue fazer a fotossíntese e morre. O biólogo José Cosme de Lima explica que momento mais propício para combater o inseto é logo após o período de reprodução.
De acordo com o biólogo, é necessário observar a movimentação das formigas e localizar os primeiros furos do formigueiro. Inicialmente o combate não precisa ser feito com inseticidas, apenas uma barra de ferro para chegar e atingir a rainha dentro do ninho já resolve o problema.