QUARTA, 30/11/2022, 17:27

Sanepar confirma rompimento de contrato com terceirizada responsável por tapar buracos abertos pela companhia em Londrina

Outra empresa foi contratada de forma emergencial para a realização do serviço, que voltou a se acumular na cidade nos últimos meses.

A Sanepar confirmou, em nota encaminhada à imprensa nesta quarta-feira (30), que rompeu o contrato de prestação de serviços com a Esac (Empresa de Saneamento Ambiental e Concessões Ltda.). A terceirizada era a responsável por tapar os buracos abertos pela companhia em Londrina desde novembro do ano passado. O vínculo entre as duas empresas foi marcado por muitos problemas. Por conta da falta de condições estruturais da terceirizada, o serviço não era feito dentro do prazo de três dias estabelecido em contrato firmado entre a Sanepar e a prefeitura. No início do ano, mais de 200 buracos abertos se acumularam em diversas regiões da cidade. Nas últimas semanas, o trabalho voltou a atrasar. Na terça-feira (29), as equipes ficaram impossibilitas de sair para o trabalho por conta da falta de maquinário e até combustível.

Na nota, a Sanepar informou que, ao longo do ano, "buscou junto à ESAC o cumprimento das cláusulas contratuais", e que foram esgotadas "todas as possibilidades de ajustes legais e administrativos possíveis". No comunicado, a companhia também confirmou a contratação emergencial da Construtora EMK Ltda. para a retomada do serviço de manutenção de redes de água e esgoto em Londrina, Cambé e Tamarana. Os valores relacionados à contratação não foram divulgados.

O rompimento do contrato com a ESAC ja tinha sido antecipado à CBN na terça pelo vereador Roberto Fu, do PDT. Ele disse que a decisão da Sanepar foi acertada, mas garantiu que a Câmara vai continuar acompanhando o caso para verificar se a contratada de forma emergencial possui as condições necessárias para a prestação do serviço em Londrina.

O rompimento de contrato é mais um capítulo da verdadeira novela relacionada aos buracos abertos pela Sanepar em Londrina. Entre agosto e setembro, por exemplo, a prefeitura emitiu 102 notificações à companhia pedindo pela normalização do serviço. Dezoito delas foram convertidas em multas contra a estatal e a antiga terceirizada. O valor total dessas penalidades ultrapassa os R$ 113 mil.

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