QUARTA, 06/07/2022, 15:16

Secretaria de Educação afasta monitor que aparece em vídeo imobilizando aluno com “gravata” em colégio cívico-militar de Rolândia

Decisão foi tomada após primeira fase da investigação, que ouviu tanto o servidor quanto o adolescente envolvidos no caso. Em nota, secretaria garante que não tolera episódios de violência nas escolas.

A Secretaria Estadual de Educação informou, por meio de nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (6), que decidiu afastar, de forma preventiva, o monitor que imobilizou um aluno com uma “gravata” no Colégio Cívico-Militar Villanueva, em Rolândia, na tarde da última segunda (4). O servidor, que seria um policial militar aposentado, aparece contendo o adolescente pelo pescoço em vídeos feitos por outros estudantes. As imagens viralizaram nas redes sociais na terça-feira (5).

Segundo a nota da Secretaria de Educação, a decisão pelo afastamento do servidor aconteceu após a primeira fase da investigação do caso. Nesta etapa, tanto o monitor quanto o aluno foram ouvidos pelo Núcleo Regional de Educação de Londrina, pela direção da escola e também pelo Conselho Tutelar.  A partir de agora, ainda conforme o comunicado, a investigação entra na segunda fase, “com o objetivo de levantar mais evidências sobre o caso e chegar a uma decisão”. Essa etapa será conduzida pela assessoria técnico-jurídica da secretaria e pela coordenação estadual dos colégios cívico-militares.

O monitor teria precisado imobilizar o aluno depois de um desentendimento entre ele e um outro estudante por conta de uma blusa. Após o episódio, o servidor também teria registrado um boletim de ocorrência por desacato contra o adolescente.

Ainda na nota, a Secretaria de Educação reforça que, independentemente do resultado das investigações, “a violência, em suas diversas formas, não é tolerada nos colégios, não importa quem a pratique”. Nesta linha, a pasta diz atuar tanto na área de punição quanto de prevenção. Na primeira, prioriza esse tipo de caso nos seus processos de apuração internos e afasta preventivamente as pessoas envolvidas. Já na segunda, conta com um serviço de atendimento psicológico para professores e funcionários. 

“Nenhuma pessoa, seja professor, aluno ou funcionário, pode ter sua dignidade e integridade feridas nos colégios públicos do Paraná. Todos e todas merecem respeito”, conclui a secretaria no comunicado.

Por Guilherme Batista

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