As equipes do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Londrina estão em estado de alerta contra a febre maculosa, doença responsável por matar três pessoas em Campinas, no interior de São Paulo, nas últimas semanas. As vítimas, um homem de 42 anos e duas mulheres de 36 e 28 anos de idade, participaram de um mesmo evento em uma fazenda da área rural da cidade paulista no dia 27 de maio. A morte de uma adolescente de 16 anos com sintomas da doença é investigada.

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida por meio da picada do carrapato-estrela, que costuma se reproduzir justamente nesta época do ano. Não há transmissão entre pessoas. O inseto é encontrado principalmente em locais onde têm animais mamíferos. As capivaras, por exemplo, comuns em Londrina e região, são hospedeiros dos carrapatos.

A doença causa sintomas como febre, dor no corpo e erupções na pele. Normalmente, as pessoas confundem com outras patologias e acabam procurando tratamento tarde demais. Por conta disso, a taxa de letalidade da febre maculosa chega aos 70%.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (14), o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, confirmou o estado de alerta, mas garantiu que não há com o que se preocupar. Ele confirmou que o setor de Vigilância está de prontidão por conta dos casos de Campinas, mas que em Londrina não há nenhuma suspeita.

Na coletiva, Machado também comentou sobre a dengue, que, diferentemente da febre maculosa, fez e faz parte dos londrinenses. A epidemia da doença soma, desde o início deste ano, 22 mil casos confirmados e 25 mortes na cidade. O secretário disse que, apesar da chuva que cai sobre o município, os números devem continuar sob controle por conta das baixas temperaturas. Por outro lado, ele garantiu que os cuidados contra a doença precisam continuar redobrados.