SEGUNDA, 17/01/2022, 07:06

Sem dados oficiais, comércio de Londrina não sabe quantos trabalhadores estão afastados pela Covid

Presidente do Sincoval diz que setor tem apenas números nacionais sobre os afastamentos, que, segundo ele, giram em torno de 6%.

O cancelamento de centenas de voos no país na última semana expôs um problema: a alta taxa de transmissão da variante Ômicron vem afastando cada vez mais trabalhadores das suas atividades. Com as regras rígidas da aviação e sem tripulantes suficientes, as empresas aéreas, que não vêm divulgando muitos dados sobre as licenças médicas, se viram obrigadas a suspender algumas operações, desencadeando um efeito dominó e prejudicando milhares de pessoas.

Em Londrina, com a disparada do número de confirmações da Covid - na última sexta-feira, por exemplo, eram mais de 2.100 casos ativos-, os afastamentos também estão ocorrendo, mas em outros setores importantes para a economia local. No comércio da cidade, por exemplo, também faltam informações sobre o assunto.

O vice-presidente do Sindecolon, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Londrina, Manoel Teodoro da Silva, diz que nos bastidores há diversos relatos de afastamentos por conta da Covid, mas ele conta que muitos comerciários têm receio de falar sobre a questão.

O sindicalista diz ainda que uma possibilidade para ter a real noção do tamanho do problema dos afastamentos, não só no comércio, poderia estar na ponta dos atendimentos, seja na rede pública ou na privada.

A CBN Londrina consultou ainda a Associação Comercial e Industrial de Londrina, ACIL, mas a instituição informou que também não dispõe de dados sobre os afastamentos motivados pela Covid entre os mais de 8 mil comerciários da cidade.

Mesma situação do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina, o Sincoval, que afirmou não ter informações sobre a questão.

O presidente do sindicato que representa os empresários, Ovhanes Gava, diz que no ano passado a entidade pediu à Secretaria Municipal de Saúde informações sobre o número de afastamentos no comércio.

Mas como esses dados não existiam, foi sugerido que na hora dos atendimentos na rede pública o servidor da pasta perguntasse ao paciente, entre outras questões, o segmento em que trabalha.

O presidente do Sincoval diz ainda que o setor tem apenas dados nacionais sobre os afastamentos por conta da Covid, que, segundo ele, giram em torno de 6%.

Sobre a sugestão apresentada pelo Sindicato no ano passado, entramos em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas até a conclusão da reportagem não tivemos uma resposta da pasta.

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