STF rejeita recurso da defesa e determina prisão de artista plástica condenada pela morte de empregada doméstica em Londrina
Vanda Pepiliasco tinha sido condenada a oito anos e quatro meses de reclusão em 2015, mas aguardava pela análise do recurso em liberdade. Crime é de 1993 e um dos mais emblemáticos da história recente da cidade.
O Supremo Tribunal Federal colocou, nos últimos dias, um ponto final num dos casos criminais mais emblemáticos da história recente de Londrina. Trata-se do assassinato da empregada doméstica Cleonice de Fátima Rosa, de 22 anos, encontrada morta nas escadarias de um prédio residencial do centro de Londrina em julho de 1993. A principal suspeita do crime, a artista plástica Vanda Pepiliasco, que morava no apartamento onde a vítima trabalhava, teria usado uma faca para degolá-la. Nestes quase trinta anos que se foram, a defesa da acusada conseguiu adiar o julgamento do caso por diversas vezes. Tanto é que Vanda só foi julgada e condenada a oito anos e quatro meses de prisão em 2015. Apesar da condenação, a motivação do assassinato segue desconhecida até hoje.
Depois de condenada, Vanda apresentou, por meio de seus advogados, um recurso junto ao Supremo Tribunal Federal pedindo pela revogação do resultado. Ela chegou a ser detida em 2016, mas um habeas corpus aceito pela Justiça garantiu com que ela aguardasse pela análise do recurso em liberdade. O STF, entretanto, rejeitou a solicitação apresentada pela defesa, e enviou o processo de volta à primeira instância, em Londrina, determinando que a sentença seja cumprida.
Em entrevista à CBN nesta segunda-feira, a advogada Gabriela Roberta Silva, que auxiliou a família de Cleonice durante todo o processo, disse estar satisfeita com a decisão do STF, e que os parentes da vítima veem na prisão de Vanda a possibilidade de ainda se fazer justiça, apesar do longo tempo que passou desde o registro do crime.
Atualmente, Vanda Pepiliasco tem 67 anos e estaria morando no Mato Grosso. A CBN também tentou contato com a defesa da artista plástica, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.