QUARTA, 09/03/2022, 16:09

Substituição de ônibus com mais de 10 anos de uso pode impactar no preço da tarifa do transporte coletivo em Londrina

De acordo com vistoria da Câmara Municipal, 55 veículos estão nesta situação, sendo que a utilização deles contraria o que está previsto em contrato firmado com a prefeitura.

Por meio de nota enviada à CBN nesta quarta-feira (9), a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) confirmou que recebeu da Câmara de Vereadores, entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano, cinco pedidos de informações relacionados às condições da frota de ônibus que atende os usuários do transporte coletivo em Londrina. No último ofício, o Legislativo, por meio da Comissão do Transporte Público, questionou a companhia a respeito do tempo de uso dos veículos. De acordo com o contrato firmado entre prefeitura e as empresas, coletivos com 10 anos de uso ou mais precisam ser retirados de circulação. Apesar disso, a própria CMTU reconheceu que ao menos 66 ônibus nestas condições continuavam a ser utilizados pela TCGL, Transportes Coletivos Grande Londrina, até outubro do ano passado. Em novembro, onze deles acabaram sendo destruídos durante incêndio na garagem da empresa, mas os demais, ou seja, 55 veículos, seguem rodando e, assim, descumprindo o que está previsto em contrato.

Na madrugada desta quarta, vereadores da Comissão do Transporte Público da Câmara realizaram uma vistoria na garagem da TCGL e confirmaram a presença dos coletivos antigos no local. Na nota enviada à CBN, a CMTU garantiu que a empresa já foi notificada para a substituição dos veículos. A companhia também realiza, de acordo com o comunicado, “cotação de preço para mensurar o impacto destas substituições na tarifa do serviço de transporte público coletivo”. Ainda não há prazo para a conclusão desta análise.

Ou seja, dependendo do resultado da cotação, a substituição dos veículos pode impactar diretamente no valor que o londrinense paga para andar de ônibus na cidade. Atualmente, a passagem custa R$ 4,00 graças a um subsídio de R$ 25 milhões que o município deve repassar às concessionárias ao longo deste ano.

A presidente da Comissão do Transporte Público da Câmara, vereadora Mara Boca Aberta, disse que vai continuar cobrando a substituição dos ônibus inadequados para uso. Ela garantiu ainda que a estrutura precária oferecida pela empresa já reflete em um serviço de pouca qualidade prestado à população.

A CBN também entrou em contato com a TCGL nesta quarta-feira, mas, por meio da assessoria de imprensa, a empresa informou que não iria se manifestar.

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