QUARTA, 28/06/2023, 17:49

Superior Tribunal de Justiça decide transferir júri do caso Eduarda Shigematsu

Advogado de defesa de Ricardo Seidi, pai da garota e um dos acusados do crime, avalia que decisão do STJ  deve garantir julgamento justo e imparcial.

A decisão do Superior Tribunal de Justiça de transferir o júri do caso Eduarda Shigematsu, de Rolândia para outra cidade, ocorreu nesta terça-feira, em Brasília. O novo local e a data do julgamento ainda não foram definidos. Após um primeiro adiamento, em maio do ano passado, e de uma nova prorrogação seis meses depois, o júri popular foi marcado para 29 de março, mas também acabou não ocorrendo.

Os advogados de Ricardo Seidi, pai da garota assassinada, recorreram ao Tribunal de Justiça e pediram a transferência do local do júri, alegando temer um julgamento imparcial diante da comoção pública que o crime causou na população da cidade. O TJ negou o pedido, mas a defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, que concedeu, ainda em março, uma liminar suspendendo o júri.

Eduarda Shigematsu, de 11 anos, foi encontrada morta nos fundos de um imóvel do pai, em Rolândia, em março de 2019. Ricardo Seidi é acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica, e continua preso aguardando o julgamento.

O advogado Roberto Ekuni, que defende Seidi, avalia que a decisão do Superior Tribunal de Justiça de retirar o júri popular de Rolândia deve garantir ao réu um julgamento justo e imparcial.

A avó paterna da menina, Terezinha de Jesus, também chegou a ser detida, mas espera o julgamento em liberdade. Ela pode responder por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. O pai e a avó da menina assassinada em Rolândia vão enfrentar o júri popular mais de quatro anos após o crime.

Tentamos repercutir a decisão do STJ com o assistente de acusação e advogado da mãe de Eduarda Shigematsu, Hugo Esteves, mas não conseguimos contato.

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