SEXTA, 03/11/2023, 14:00

Superlotação em hospitais em Londrina diminui no feriado, mas ainda há espera por leitos de UTIs

Pacientes aguardam por transferência para unidade de terapia intensiva em hospitais públicos e filantrópicos pelo SUS

Neste feriado caiu a espera por leitos em Unidade de Terapia, mas a situação de superlotação dos hospitais públicos e filantrópicos preocupa o Centro de Direitos Humanos de Londrina.

Segundo informações da diretoria do Hospital Universitário de Londrina, nesta sexta-feira (3) 16 pacientes aguardavam por uma vaga de UTI, seis deles recebem ventilação mecânica.  O HU está 99 pacientes no Pronto Socorro, que tem 73 vagas, mas chegou a ter 140 pacientes, antes do feriadão.

O Hospital Evangélico, que estava com 200% de ocupação na véspera do feriado, nesta sexta-feira apresentou taxa de ocupação de 115% no PS, sendo que oito pacientes aguardavam por um leito de UTI pelo SUS.

Na Santa Casa, a situação melhorou no feriado, mas já foi mais crítica. A unidade tem 40 leitos de UTI e 42 pacientes com perfil de UTI. Enquanto não tem vaga na UTI pacientes aguardam vaga no pronto socorro com suporte de UTI, informou o hospital.

Para Maria Giselda de Lima Fonseca, do Centro de Direitos Humanos, diz que preocupação do órgão está em casos quando a espera por leito de UTI ultrapassa o tempo razoável. Ela acompanhou parentes de um paciente, de 84 anos, do Hospital Zona Norte que esperou por três dias para ser transferido, via SAMU, para um leito de Ivaiporã, por conta da superlotação das UTIs de Londrina. Ela cobra mais eficiência na gestão da saúde pública.

             O conselho de direitos humanos informou que irá procurar o Ministério Público para cobrar uma gestão mais eficiência no encaminhamento de pacientes de Londrina para outras hospitais com UTI na região.

Sobre o paciente idoso que estava internado em estado grave no Hospital Zona Norte, o secretário municipal Felipe Machado informou que homem seria transferido para Ivaiporã na terça e quarta-feira por helicóptero do SAMU, mas não foi possível por falta de teto para o voo. O paciente foi transferido via terrestre somente na noite de quarta-feira, após denúncia de familiares pela demora.

Por Guilherme Marconi

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