TERCA, 26/04/2022, 16:49

Suspeito de assassinar ex-mulher dentro de igreja, em Londrina, é denunciado por homicídio quintuplamente qualificado pelo Ministério Público

Acusado continua preso no estado de São Paulo, onde foi detido após capotar veículo durante uma perseguição. Promotoria confirmou que ele cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento com a vítima.

A 11ª Promotoria de Justiça de Londrina ofereceu denúncia por homicídio quintuplamente qualificado contra um homem que é suspeito de assassinar a ex-esposa dentro da Paróquia São Luiz Gonzaga, na zona leste da cidade, no último dia 5. Ligia Fernanda Silva foi morta a tiros no momento em que almoçava na cozinha da igreja. Na ocasião, ela trabalhava como faxineira do espaço.

Everton Schafer teria pulado o muro da paróquia e disparado cinco vezes contra Lígia, que morreu na hora. Após cometer o crime, o suspeito fugiu, mas acabou capturado pela polícia três dias depois, no momento em que passava por uma rodovia do estado de São Paulo a caminho do nordeste brasileiro, para onde ele iria para se esconder. Durante uma perseguição, Schafer capotou o veículo que conduzia enquanto tentava descartar pela janela do carro a pistola .380 que ele usou para assassinar a ex-esposa.

O acusado continua detido no estado de São Paulo à disposição da Justiça. Em depoimento, ele confessou o crime e disse que agiu por não aceitar o fim do relacionamento e uma suposta traição por parte da vítima, que havia se separado dele por conta das agressões e das ameaças sofridas ao longo de todo o casamento.

Em nota, a Delegacia da Mulher de Londrina confirmou o histórico de violência. Em 2018, segundo a polícia, Lígia procurou a delegacia para registrar um boletim contra Schafer por lesão corporal e solicitar medidas protetivas contra ele. No entanto, a própria vítima teria solicitação a revogação da referida medida após, segundo familiares, voltar a ser ameaçada pelo acusado.

De acordo com o Ministério Público, além do homicídio ter sido qualificado por ser cometido contra mulher por razões da condição de sexo feminino da vítima, ou seja, feminicídio, foram também considerados como qualificadores do crime o motivo torpe, o emprego de meio cruel, o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e a utilização de arma de fogo de uso restrito ou proibido.

O processo tramita junto à 1ª Vara Criminal de Londrina.

Comentários