SEGUNDA, 25/07/2016, 19:52

Taxistas reclamam e vereador volta atrás em proposta para regulamentar Uber em Londrina

Ainda assim, o parlamentar diz que a discussão não está encerrada. Para representante de taxistas, uma possível atuação do serviço na cidade seria ilegal.

Taxistas se reuniram nessa segunda-feira com o vereador Rony Alves, autor de um projeto de lei que, entre outros pontos, visa regulamentar na cidade aplicativos de caronas pagas como o Uber. Os profissionais são contra a proposta. Alegam que uma possível vinda do serviço para Londrina fere uma série de normas. Diante disso, o parlamentar decidiu retirar do texto o artigo de tratava do tema. Um dos taxistas presentes na reunião, Wesley Damasceno afirmou que a categoria irá cobrar fiscalização do poder público local caso a empresa inicie atividades no município.

Embora executivos do Uber tenham se encontrado na última semana em Londrina com interessados no negócio, a empresa não confirma que tem intenção de dar início ao serviço na cidade. Apesar de atender ao pedido dos taxistas, o vereador, que se reuniu na última sexta-feira com um gerente do Uber, informou que também irá solicitar ao setor jurídico da Câmara Municipal uma análise dos argumentos apresentados pelo representante do aplicativo. Alves disse ainda que não concorda com a proibição defendida por taxistas.

Depois de encontros com a empresa e os taxistas, a intenção agora é também buscar a posição de órgãos como a CMTU e a secretaria de Fazenda.

Atualmente, a bandeira 1 custa R$ 3,30 em Londrina. Já a bandeira 2 sai por R$ 3,60. Perguntado em relação aos preços praticados pelo Uber, que costumam ser mais em conta, Wesley Damasceno apontou que, em média, um táxi em Londrina é sujeito a R$ 2.500 por ano em taxas e impostos. Para o taxista, a tarifa poderia ficar mais barata se a carga de tributos fosse menor.

Ao mesmo tempo, o profissional reconheceu que, em termos de tecnologia e praticidade, os táxis da cidade ainda precisam avançar em determinados pontos. Uma das promessas é de que, até o fim do ano, os usuários poderão pagar a corrida pelo aplicativo do serviço, assim como acontece com o Uber.

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