A Secretaria Municipal de Saúde pretende concluir nesta terça-feira (10) as atividades do novo Liraa, o Levantamento de Infestação do Aedes Aegypti, em Londrina. É o primeiro trabalho de campo para medir a incidência dos focos do mosquito da dengue na cidade realizado em 2023. As atividades estão sendo realizadas por 180 agentes de endemias, que estão percorrendo 11.800 imóveis da zona urbana de Londrina fazendo vistorias em busca de focos contendo larvas ou ovos do Aedes. As equipes tinham até a última sexta-feira (6) para concluir as visitas, mas o tempo chuvoso da semana passada atrapalhou o cronograma. 

A secretaria espera pela conclusão do trabalho de campo para iniciar as análises laboratoriais das amostras coletadas e a tabulação dos dados obtidos. Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, o resultado deve sair só na próxima semana.

De acordo com o Ministério da Saúde, municípios com índice de infestação predial inferior a 1% estão em condições satisfatórias; índice de 1% a 3,9% é considerado situação de alerta; e superior a 4% é classificado como risco de epidemia de dengue. O último Liraa realizado em Londrina apontou um índice de 3%. Isso significa que a cada 100 imóveis inspecionados, três possuíam focos do mosquito transmissor da dengue. Machado destacou que, mesmo antes da divulgação do novo levantamento, a população precisa continuar fazendo a parte dela, uma vez que praticamente todos os criadouros do Aedes são encontrados justamente nos quintais das casas das pessoas.

Em relação à situação da dengue no município, o relatório da secretaria - com dados de 1° de janeiro até o dia 28 de dezembro - indicou 3.182 casos confirmados da doença. Dentre as 14.405 notificações registradas no ano passado, 10.195 foram descartadas e 1.028 prosseguem em análise. Houve ainda dois óbitos provocados pela doença na cidade. Ainda não há casos confirmados de dengue em Londrina em 2023.