O final de semana foi marcado por chuva forte, que, novamente, veio acompanhada de muitos transtornos em todas as regiões da cidade. O caso mais grave registrado pela Defesa Civil foi o que acabou na morte de um homem ainda no sábado. Segundo informações levantadas pelo Corpo de Bombeiros, Noé de Almeida Santos, de 53 anos, teria se jogado no córrego Bom Retiro, na Vila Portuguesa, área central de Londrina, durante a chuva forte. Os vizinhos do homem afirmaram que ele sempre fazia isso por que sabia que teria galhos de árvores para agarrar e, assim, voltar para a margem em segurança. Mas dessa vez, como o córrego estava limpo, o morador acabou sendo levado pela correnteza. O corpo de Noé foi localizado na manhã de domingo pelos bombeiros e encaminhado ao Instituto Médico Legal. O coordenador da Defesa Civil, Demerval Anderson do Carmo, conta que, num primeiro momento, o caso chegou ao órgão como o de um homem que teria sido levado pela chuva forte para dentro do córrego, mas, posteriormente, foi confirmado que, na verdade, ele se jogou na água por vontade própria.

A Defesa Civil também registrou diversos pontos de alagamento durante o temporal. Entre a tarde e noite de sábado, a avenida Brasília, nas proximidades do jardim Nossa Senhora da Paz, na zona oeste, ficou literalmente debaixo d’água. Alguns motoristas, inclusive, tiveram que parar pra esperar o alagamento passar antes de continuarem com a viagem. O entorno do Lago Igapó, e ruas do jardim Bandeirantes, ainda na região oeste, e do jardim dos Alpes, na zona norte, também ficaram alagadas, assim como a avenida Dez de Dezembro. Pelo menos duas casas foram invadidas pela água, conforme Demerval.

Duas árvores também caíram. Uma delas sobre um veículo na rua Paranaguá, e a outra, de grandes proporções, na região do Tiro de Guerra, na zona leste. A Defesa Civil acompanha, ainda, a situação de um grande desmoronamento de terra na esquina das ruas Bauxita e Tapuias, na Vila Yara. De acordo com o coordenador do órgão, por conta do grande volume de água uma galeria pluvial que fica no trecho explodiu, e a montanha de barro, junto com pedaços de calçada e asfalto, foi levada para a linha férrea, localizada logo abaixo. Demerval explica que o trecho está em meia-pista, mas garante que funcionários da Secretaria de Obras já estão no local pra liberar os trilhos e, principalmente, recompor a parte da rua que foi destruída pela chuva. Ele acredita que o serviço deve ser concluído nos próximos dias.