SEGUNDA, 05/12/2016, 19:03

Testemunhas de defesa depõem no segundo dia de audiências da Publicano

Um auditor chamou de “descabida” a força-tarefa criada pela Receita Estadual para revisar fiscalizações. Os interrogatórios de pessoas indicadas pelos réus prosseguem até o dia 14.

O juiz Juliano Nanuncio, da Terceira Vara Criminal de Londrina, deu prosseguimento nesta segunda-feira (05) ao julgamento da ação penal oriunda da quarta etapa da Operação Publicano. A investigação do Grupo de Combate ao Crime Organizado apontou indícios de um esquema milionário de corrupção na Receita Estadual do Paraná. O magistrado pretendia ouvir 20 testemunhas de defesa nesta segunda. Ao todo, são 500 pessoas arroladas pelos 110 réus do caso. Esse é o maior processo da Publicano.

O primeiro a falar foi o auditor fiscal José Eduardo Zoratto, que negou conhecer a existência de uma organização criminosa dentro da Receita Estadual. Ele ainda criticou a força-tarefa criada pelo próprio órgão após as denúncias virem à tona. Zoratto chamou de “descabida” a iniciativa de revisar fiscalizações suspeitas em empresas.

Também foi interrogado na audiência o delegado regional do fisco, José de Carvalho Júnior, que foi perguntado por diversos advogados sobre detalhes de procedimentos de fiscalização.

O julgamento continua nesta terça-feira (06), quando outras 20 testemunhas de defesa serão ouvidas por Nanuncio, e prossegue até o dia 14. As audiências serão retomadas em 24 de janeiro, depois do recesso judicial. Os réus prestarão depoimento entre fevereiro e março.

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