QUINTA, 03/05/2018, 18:47

Testemunhas de defesa e de acusação da Operação Publicano 5 começam a ser ouvidas pela Justiça na próxima semana

Após as testemunhas serão ouvidos, ainda nessa fase, os mais de 50 réus.

Auditores fiscais e empresários do setor de suínos estão entre os mais de 50 réus da 5ª fase da Operação Publicano.

A Justiça começa a ouvir na próxima segunda-feira, as testemunhas dessa fase da Operação.

De acordo com o promotor Leandro Antunes, o Ministério Público apontou 19 testemunhas de acusação e outras várias dezenas de testemunhas de defesa, já que para cada um dos réus podem ter até 8 testemunhas.

Ainda de acordo com Antunes, não é possível prever um prazo para que as oitivas sejam finalizadas, após as oitivas de testemunhas de acusação e defesa serão ouvidos os 52 réus e só depois serão apresentadas as defesas e a Justiça julgará a condenação.

Os acusados teriam praticado crimes como de corrupção ativa e passiva tributária, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. As investigações levam a milhões de reais sonegados por frigoríficos de suínos da região.

O promotor Antunes lembra que, em 2016, quando foi deflagrada a 5ª fase da Operação houve a suspensão da delação premiada do ex-auditor fiscal, Luiz Antônio de Souza, que teria agido mesmo preso, intimidando possíveis testemunhas.

Atualmente o principal delator de toda a Operação Publicano, Luiz Antônio de Souza, cumpre prisão domiciliar monitorada, depois de uma nova delação premiada em março do ano passado. 

A Operação desmantelou um esquema criminoso na Receita Estadual, que estipula mais de R$ 2 bilhões desviados. 

Luiz Antônio de Souza, foi condenado a 49 anos de prisão, na primeira sentença da operação, de dezembro de 2016. Mas estava preso desde janeiro de 2015, quando foi flagrado em um motel de Londrina, em companhia de uma adolescente de 15 anos. A prisão revelou também um escândalo de exploração sexual de adolescentes envolvendo outros servidores da Receita e figuras públicas.

Souza, além de colaborar com as investigações, teve que devolver R$ 3 milhões aos cofres da Receita, sendo R$ 500 mil em dinheiro e o restante em imóveis.

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